@article{Carrington_Jacinto_Sousa_Sant’Anna_Muñoz_Tribolet de Abreu_2021, place={Lisboa, Portugal}, title={Troponina Elevada e Lesão Miocárdica em Doentes Internados em Medicina Interna : Significado Diagnóstico e Prognóstico}, volume={27}, url={https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/119}, DOI={10.24950/O/69/20/3/2020}, abstractNote={<p><strong>Introdução</strong>: A elevação de troponina é frequente nos doentes internados. O seu significado e classificação (lesão miocárdica crónica versus aguda versus enfarte agudo de miocárdio (EAM), quer tipo 1, quer tipo 2) não se encontram esclarecidos. O objectivo deste estudo foi avaliar o significado e classificar as elevações de troponina em doentes internados numa enfermaria de Medicina Interna.</p> <p><strong>Material e Métodos</strong>: Estudo retrospectivo de doentes internados, num período de dois anos, numa enfermaria de Medicina Interna, a quem foram pedidos, pelo menos, 2 doseamentos de troponina I, ao critério do médico assistente, e que tiveram pelo menos um valor acima do limite de referência de 0,1 ng/ mL. A população foi caracterizada quanto à demografia, factores de risco cardiovascular, antecedentes clínicos, achados clínicos e laboratoriais, terapêutica efectuada e prognóstico. Foi interpretada a elevação de troponina de acordo com a quarta definição de EAM.</p> <p><strong>Resultados</strong>: Foram incluídos 90 doentes, com idade média de 83 anos (± 8,1), sendo 52% do sexo masculino. Cumpriram critérios de EAM 60 doentes (66%), sendo que os restantes 30 doentes (33%) eram classificáveis como lesão miocárdica aguda, sem EAM. Não encontrámos diferenças clínicas, no tratamento e prognóstico entre estes dois grupos de doentes, à excepção da idade (84 ± 7 vs 81 ± 10 anos, respectivamente, p = 0,039). Os doentes tinham um performance status baixo (43% ECOG 3 ou 4), hipertensão arterial (89%), insuficiência cardíaca (51%), diabetes mellitus tipo 2 (50%), insuficiência renal crónica (35%), fibrilhação auricular ou flutter (35%) e enfarte agudo de miocárdio prévio (33%). A apresentação clínica incluiu dispneia em 44% e dor torácica em 13%. À data da alta, 64% dos doentes foram medicados com estatina e 58% com pelo menos um anti-agregante plaquetário. A morte ocorreu durante o internamento em 17%, sendo que a mortalidade a 30 dias foi de 27% e a um ano de 51%.</p> <p><strong>Conclusão</strong>: Neste estudo, verificámos que, dos doentes com elevação de troponina compatível com lesão miocárdica internados numa enfermaria de Medicina Interna, 66% cumpriam os critérios de definição de EAM, enquanto os restantes 33% tinham lesão miocárdica aguda, sem EAM. À excepção da idade (mais elevada nos doentes com EAM) não houve diferença significativa nas características clínicas, abordagem ou prognóstico entre os dois grupos. Os doentes eram idosos e frágeis, com múltiplas comorbilidades, tendo a morte ocorrido duran-te o internamento em 17%, aos 30 dias em 27% e ao 1 ano em 51%, apesar de prescrição de estatina em 64% e de antiagregação em 60%.</p>}, number={3}, journal={Medicina Interna}, author={Carrington, Mafalda and Jacinto, Margarida and Sousa, Ana and Sant’Anna, Joana and Muñoz, José and Tribolet de Abreu, Tiago}, year={2021}, month={Set.}, pages={229–235} }