@article{Vaio_Ferreira_Santos_Simão_Perdigoto_Santos_Carvalho_Porto_2008, place={Lisboa, Portugal}, title={Hepatite Auto-Imune Casuística de um serviço de Medicina Interna}, volume={15}, url={https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1454}, abstractNote={<p>Introdução: A hepatite auto-imune (HAI) é uma inflamação hepática de causa desconhecida, caracterizada pela presença de <br>hepatite de interface na biopsia hepática, de hipergamaglobulinemia e de auto-anticorpos característicos.<br>Objectivo: Avaliar as características clínicas, laboratoriais e <br>histológicas, a resposta à terapêutica e o prognóstico da hepatite auto-imune.<br>Métodos: Análise dos processos clínicos dos doentes com <br>hepatite auto-imune admitidos no Serviço de Medicina III dos HUC entre 1987 e 2002.<br>Resultados – Foram diagnosticados 29 casos, 28 do sexo <br>feminino e 1 do masculino, com a idade média de 34,2±16,4 <br>anos. A forma de apresentação foi fulminante em 6,9% dos <br>doentes, aguda em 20,7% e insidiosa ou crónica em 72,4%. <br>Os sintomas mais comuns foram: astenia (65,6%), anorexia <br>(48,3%), náuseas e vómitos (48,3%); 24,1% dos doentes eram <br>assintomáticos. Pelo score do International Autoimmune Hepatitis <br>Group, o diagnóstico era definitivo em 69% dos casos e provável <br>em 31%. Tinham HAI tipo I 86,2% dos doentes, 3,5% eram do <br>tipo II e 10,3% não apresentavam auto-anticorpos convencionais. <br>O anti-VHC era positivo em 2 doentes, o AgHBs em 1 e o IgM <br>anti-VHA em 1. Apresentavam cirrose 27,6% dos doentes. Treze <br>iniciaram terapêutica com prednisolona e 15 com prednisolona + <br>azatioprina, com resposta completa em 39,3% dos casos, parcial <br>em 7,1%, ausência de resposta em 25% e resposta seguida <br>de recaída em 28,6%. O transplante hepático foi realizado em <br>4 doentes (13,8%). Com um período médio de seguimento de <br>69 meses (variando entre 1 e 213 meses), a mortalidade foi de <br>13,8%: 2 doentes por falência hepática, 1 por sepsis e 1 por meningite herpética.<br>Conclusões: À data do diagnóstico, 24,1% dos doentes eram <br>assintomáticos e 27,6% tinham cirrose; a terapêutica com <br>prednisolona e azatioprina foi mais eficaz que a prednisolona <br>isolada; houve necessidade de transplante hepático em 13,8% <br>dos doentes; a evolução foi favorável na maioria dos casos.</p>}, number={2}, journal={Medicina Interna}, author={Vaio, Teresa and Ferreira, Paulo and Santos, Arsénio and Simão, Adélia and Perdigoto, Rui and Santos, Rui and Carvalho, Armando and Porto, Armando}, year={2008}, month={Jun.}, pages={87–92} }