@article{Carneiro_Damas_Tavares_Figueira_Serra_Guerreiro_Matos_2022, place={Lisboa, Portugal}, title={Trombose Venosa Cerebral: Uma Visão de 11 Anos Numa Unidade de AVC}, volume={29}, url={https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/289}, DOI={10.24950/rspmi.289}, abstractNote={<p><strong>Introdução:</strong> A trombose venosa cerebral (TVC) é um tipo raro de acidente vascular cerebral (AVC) mais frequente em mulheres jovens. Geralmente tem manifestações inespecíficas, sendo o diagnóstico imagiológico. O tratamento de primeira linha é a anticoagulação. O nosso objetivo foi caracterização da população diagnosticada com TVC na Unidade de AVC do Centro Hospitalar de Setúbal.</p> <p><strong>Métodos:</strong> Estudo retrospetivo e descritivo dos casos de TVC internados na Unidade de AVC entre 2008 e 2018. Os dados foram colhidos do registo informático hospitalar e registados numa base de dados. Analisámos características demográficas, clínicas, imagiológicas, dados da investigação etiológica e outcome funcional (Escala de Rankin modificada).</p> <p><strong>Resultados:</strong> Dos 27 pacientes incluídos, 21 (78%) foram mulheres e a idade média foi de 43,5 anos. A apresentação mais frequente foi a cefaleia (96,3%). A contraceção oral constituiu o fator de risco mais comum (44,4%). O exame inicial foi a tomografia computorizada crânio-encefálica (TC-CE) em 23 (85,2%) utentes, dos quais 20 apresentaram características evocativas de TVC. O diagnóstico foi confirmado por venoTC ou ressonância magnética crânio-encefálica (RM-CE). Mais de metade apresentaram envolvimento de mais do que uma estrutura venosa. A heparina foi administrada a todos os pacientes e o estado clínico à alta foi favorável em 25 casos.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> A TVC afetou sobretudo mulheres jovens, sendo a contraceção oral um fator de risco preponderante. O quadro clínico foi tendencialmente inespecífico, sendo que as cefaleias foram a manifestação mais frequente. Perante suspeita clínica significativa, uma TC-CE negativa não exclui o diagnóstico e a investigação deve ser prosseguida com RM-CE e angiografia por ressonância magnética (angio-RM). É importante o reconhecimento desta patologia, que continua subdiagnosticada.</p>}, number={2}, journal={Medicina Interna}, author={Carneiro, Patrícia and Damas, Catarina and Tavares, João and Figueira, Mafalda and Serra, Sónia and Guerreiro, Rui and Matos, Rui}, year={2022}, month={Jun.}, pages={103–108} }