Internal Medicine https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi <p>Revista Medicina Interna (RPMI) is the official organ of the Portuguese Society of Internal Medicine (SPMI). The journal is dedicated to promoting the science and practice of Internal Medicine, covering all aspects of Internal Medicine. To this end, it publishes peer-reviewed papers according to the following typology: Originals, Reviews, Points of View, History of Medicine, Short Communications, Letters to the Director, Imaging Medicine, Clinical Cases, Case Series and Guidelines/Consensus). The journal also publishes news and articles on the activities and policies of the Portuguese Society of Internal Medicine.</p> <p> </p> <p>To consult the history of the journal or the papers submitted on the previous platform, go to: https://revistami.spmi.pt/site/</p> <p> </p> <p>If you have any questions, please contact Ana Silva - <a href="mailto:ana.silva@spmi.pt">ana.silva@spmi.pt</a></p> Sociedade Portuguesa de Medicina Interna en-US Internal Medicine 0872-671X <p>Copyright (c) 2023 Medicina Interna</p> <p><a href="https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/"><img src="blob:https://revista.spmi.pt/042664ef-1e5b-4754-8ba0-a07397717a52" alt="" /></a><strong>Open Access</strong></p> Semiology of Cardiac Tamponade: Jugular Vein Distention https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/794 Pedro Fernandes Moura Fernando Mané Pedro Macedo Neves Copyright (c) 2024 Internal Medicine https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 31 4 210 2 10.24950/rspmi.794 Dermatomyositis: The Importance of the Clinical Eye https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2314 Joana Gomes da Cunha Sofia Santos Pereira Inês Guimarães Rento Vera Romão Copyright (c) 2024 Internal Medicine https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 31 4 213 4 10.24950/rspmi.2314 Direct Costs of Heart Failure in the Autonomous Region of Madeira https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1778 <p><strong>Introdução:</strong> A insuficiência cardíaca (IC) é um problema<br />global de saúde pública. Desconhece-se o impacto económico da IC na Região Autónoma da Madeira (RAM) pelo que é fundamental caracterizar a sua prevalência, perfil de utilização de recursos e custos associados.</p> <p>O nosso objetivo foi estimar os custos diretos da insuficiência cardíaca na Região Autónoma da Madeira.</p> <p><strong>Métodos:</strong> Estudo custo-doença, baseado em prevalência,<br />relativo ao ano 2014, e analisado na perspetiva do sistema de saúde regional. Os internamentos e a utilização da urgência foram identificados pela International Classification of Diseases 9th edition Clinical Modification (ICD-9CM). O número de consultas, exames e medicação foi estimado a partir da literatura. Os custos foram baseados na tabela de preços dos Grupos de Diagnósticos Homogéneos e na tabela de preços do Sistema Regional de Saúde.</p> <p><strong>Resultados:</strong> Estimou-se uma prevalência de 4,93% (9201<br />indivíduos) para uma população com idade superior a 25<br />anos. Destes, 4140 sintomáticos e, portanto, consumidores<br />de recursos. Identificaram-se 426 internamentos por IC, 17<br />305 consultas médicas de cuidados de saúde primários, 857<br />episódios de urgência e 6707 consultas médicas hospitalares. O custo direto total foi €4 089 540,10. O custo em cuidados hospitalares (CH) foi a principal rubrica de custos (56%), seguido dos cuidados de saúde primários (23%) e consumo de medicamentos (20%). O custo médio anual por doente foi €987,81.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> O custo direto total corresponde a 0,1% do<br />produto interno bruto da RAM e 1,2% da despesa da saúde<br />da RAM para o ano de referência. Estes resultados fornecem informação até aqui desconhecida e poderão auxiliar na implementação de modelos e estruturas que promovam a redução das hospitalizações, principal motor de custos diretos.</p> Luís Ramos dos Santos Ana Patrícia Marques Sílvia Lopes Copyright (c) 2024 Internal Medicine https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 31 4 172 80 10.24950/rspmi.1778 Treatment Challenge of Complex Aortic Atherosclerosis in Acute Ischemic Stroke Context: A Retrospective Study https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2426 <p><strong>Introdução:</strong> A ateromatose complexa da aorta é uma<br />causa importante de acidente vascular cerebral (AVC). Contudo, a falta de evidência científica leva a que o seu tratamento seja bastante controverso, tornando imperativa a realização de mais estudos. Este estudo pretende avaliar a eficácia e a segurança das várias estratégias terapêuticas<br />utilizadas na ateromatose complexa da aorta.</p> <p><strong>Material e Métodos:</strong> Foi realizada uma análise retrospetiva<br />dos doentes internados por AVC isquémico com diagnóstico de ateromatose complexa da aorta por ecocardiograma transesofágico, entre 1 de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2022.</p> <p><strong>Resultados:</strong> Dos 82 doentes incluídos, 23,2% apresentaram<br />recorrência de AVC isquémico, dos quais 47,4% estavam<br />medicados com clopidogrel em monoterapia. Os doentes medicados com clopidogrel apresentaram maior recorrência de AVC isquémico (<em>p</em> &lt;0,001), enquanto doentes<br />medicados com dupla antiagregação apresentaram menor recorrência (<em>p</em> = 0,035). Doentes medicados com anticoagulantes orais diretos não apresentaram recorrência. Dos doentes medicados com varfarina, cinco tiveram recorrência com INR infra-terapêutico e dois apresentaram eventos hemorrágicos.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> Na nossa população a utilização de dupla<br />antiagregação com ácido acetilsalicílico e clopidogrel durante 3 a 6 meses seguido de antiagregação simples com<br />ácido acetilsalicílico demonstrou ser a estratégia mais segura e eficaz no tratamento do AVC isquémico associado a ateromatose complexa da aorta, enquanto o uso de clopidogrel se associou a maior taxa de recorrência. Nos doentes com indicação para anticoagulação os anticoagulantes orais diretos pareceram ser eficazes e mais seguros do que a varfarina.</p> Daniela Cruz Mafalda Sequeira Nazar Ilchyshyn Inês Pintassilgo Copyright (c) 2024 Internal Medicine https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 31 4 181 7 10.24950/rspmi.2426 Population Study of the Green and Blue Priorities in an Emergency Department https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/188-92 <p><strong>Introdução:</strong> A gestão do Serviço de Urgência Geral (SUG) é complexa e multifatorial, com um influxo crescente de utentes, levando a sobrelotação hospitalar, com maiores tempos de espera, desgaste profissional e menor qualidade de cuidados. Cerca de 43% dos casos em Portugal são classificados como admissões não urgentes e pouco urgentes.</p> <p><strong>Métodos:</strong> Este estudo observacional retrospetivo foi realizado no SUG de um hospital distrital de Portugal, de outubro de 2018 a maio de 2019. Foram incluídos adultos com prioridade verde e azul na triagem. O destino na alta e o número de admissões à urgência foram analisados, com associações examinadas em relação à idade, modo de proveniência, ativação de via azul e acesso a cuidados de saúde primários.</p> <p><strong>Resultados:</strong> Incluímos 41 066 episódios, a maioria deles com prioridade verde (99,9%). A maioria dos doentes, 98,8%, teve alta para cuidados ambulatórios. Os frequent flyers (≥ 4 admissões) constituíam 3,3% dos doentes e os high users (≥ 10<br />admissões) 0,3%. A análise mostrou associações significativas entre o destino à data de alta com a idade, com a proveniência e com a ativação da via azul (<em>p</em> &lt;0,001). Houve ainda uma associação estatisticamente muito significativa entre o número de admissões e a idade (<em>p</em> &lt;0,001) e o número de admissões e a capacidade de acesso aos CSP (<em>p</em> &lt;0,001).</p> <p><strong>Conclusão:</strong> O estudo destaca a importância de vários fatores no destino dos doentes, mostrando uma forte associação entre a idade e a probabilidade de internamento. Além disso, a forma de chegada ao SUG e a ativação da via azul também se associam com o destino do doente. No entanto, são necessários mais estudos para entender os problemas sistémicos do SUG.</p> David Prescott Ana Isabel Brochado Vasco Evangelista Andreia Carlos Ana Sofia Corredoura Copyright (c) 2024 Internal Medicine https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 31 4 10.24950/rspmi.2512 Factors Associated with Return to Conventional Hospitalization During Hospital at Home https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2514 <p><strong>Introdução:</strong> O retorno hospitalar, define-se como “a transferência do doente para internamento convencional durante o internamento em hospitalização domiciliária (UHD)” e é um dos critérios utilizados para medir a qualidade dos serviços.</p> <p><strong>Material e Métodos:</strong> Estudo observacional retrospetivo com duração de dois anos, com recolha de dados sociodemográficos e clínicos, indicadores relativos ao processo de gestão clínica e os motivos para retorno ao internamento convencional. Realizada análise estatística para comparar: ‘doentes que se mantiveram em UHD’ versus ‘doentes com retorno’ e análise de correspondência múltipla (ACM).</p> <p><strong>Resultados:</strong> Foram incluídos 562 doentes. Destes, 30 tiveram retorno, correspondendo a uma taxa de 5,3%. Nenhuma das variáveis se associou com o retorno ao hospital. Foi também realizada uma ACM na qual se encontrou uma relação entre o ‘destino’ no final do internamento e a ‘faixa etária’.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> A comparação das taxas de retorno é difícil, dada a heterogeneidade de serviços disponibilizados, no entanto, nesta análise, a taxa de retorno é baixa, não tendo sido possível encontrar variáveis que se associem com o risco de retorno. Não se sabe qual seria a taxa de retornos<br />ideal, mas o desejável é que aconteçam com a menor frequência possível, sem colocar o doente em risco.</p> Daniela Meireles José Alvarelhão João Pedro da Costa Oliveira Flávio Pereira Joana Neves Susana Cavadas Copyright (c) 2024 Internal Medicine https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 31 4 193 9 10.24950/rspmi.2514 Seronegative Autoimmune Hepatitis / Primary Biliary Cholangitis Overlap Syndrome https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2490 <p>Continua por esclarecer se a síndrome de sobreposição representa uma variante da colangite biliar primária, da hepatite autoimune ou uma entidade clínica distinta. No presente artigo,<br />apresentamos um caso clínico, delineando a marcha diagnóstica e a abordagem terapêutica de uma doente diagnosticada com esta patologia. Trata-se de uma mulher caucasiana de 64 anos, cujas manifestações clínicas abrangem características de ambas as doenças: o padrão bioquímico é sugestivo de hepatite autoimune, enquanto a histologia revela alterações típicas da colangite biliar primária. Contudo, nenhum autoanticorpo foi identificado durante a investigação diagnóstica.</p> Andreia Coutinho Cecília Soares João Cardoso Jorge Leão Violeta Iglesias Mário Esteves Copyright (c) 2024 Internal Medicine https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 31 4 200 03 10.24950/rspmi.2490 Wilson’s Disease - A Family History https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2491 <p>A doença de Wilson (WD) é uma doença rara de acumulação de cobre, monogénica e autossómica recessiva. As características clínicas incluem doença hepática, anemia hemolítica, distúrbios neuropsiquiátricos e depósitos de cobre na córnea - anéis de Kayser-Fleischer, uma caraterística da WD. O tratamento é sempre necessário, para evitar a progressão da doença, o que realça a importância de um diagnóstico preciso.</p> <p>Relatamos os casos de dois irmãos jovens com WD com doença hepática e anéis de Kayser-Fleischer - ambos eram assintomáticos e a história familiar era positiva para doença hepática de etiologia desconhecida. O irmão mais velho apresentava aminotransferases e gama-glutamiltransferase elevadas - o estadiamento da fibrose por elastografia transitória era F4, a ressonância magnética abdominal mostrava esteatose hepática, a ceruloplasmina era indetetável e o cobre urinário de 24 horas estava marcadamente elevado. O diagnóstico de~WD foi confirmado pelos anéis de Kayser-Fleischer. O irmão mais novo também apresentava ALT e GGT elevadas, ceruloplasmina extremamente baixa, cobre urinário de 24 horas elevado e anéis de Kayser-Fleischer. Ambos os doentes começaram tratamento e mantêm seguimento ativo.</p> Maria Teresa Brito Sofia Miranda Mariana Pacheco Inês Pinho José Presa Ramos Copyright (c) 2024 Internal Medicine https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 31 4 204 09 10.24950/rspmi.2491 Hemochromatosis https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2578 <p>A hemocromatose é uma doença hereditária do metabolismo do ferro que resulta de defeitos genéticos no eixo hepcidina-ferroportina, com penetrância variável e, portanto, heterogeneidade clínica. Ocorre uma absorção descontrolada do ferro e risco de sobrecarga a nível do fígado, coração, pâncreas, articulações e órgãos endócrinos. Os doentes estão em risco de evolução para cirrose e carcinoma hepático. Deve ser suspeitada na presença de sintomas, história familiar ou elevação dos marcadores séricos do ferro, em especial da saturação da transferrina. O diagnóstico é desafiante pela inespecificidade de manifestações clínicas e dos marcadores séricos do ferro. Há vários genes implicados,<br />mas o HFE é o mais frequentemente afetado; a homozigotia C282Y associada a sobrecarga de ferro faz diagnóstico; outras variantes genéticas podem necessitar de estudo complementar com ressonância magnética ou biópsia hepática. O tratamento preferencial é a flebotomia, ou, em alternativa, eritrocitaferese ou quelação do ferro. Apresentam elevada morbimortalidade que pode ser reduzida com o início atempado do tratamento.</p> Margarida Araújo Eulália Antunes Ana Isabel Machado Francisco Gonçalves Copyright (c) 2024 Internal Medicine https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 31 4 215 23 10.24950/rspmi.2578 Leadership in General Internal Medicine: Are We Leading or Managing? https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2669 Flávia Borges Copyright (c) 2024 Internal Medicine https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 31 4 166 7 10.24950/rspmi.2669 Multidisciplinary Discharge Planning Team: A Project of the Medicine 2 Service of the Amadora/Sintra Local Health Unit https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2580 <p>O desafio colocado pela procura de equilíbrio entre a capacidade de internamento nas enfermarias de Medicina Interna e as crescentes necessidades sociais dos utentes ali internados é uma variável em constante tensão. O elevado número de internamentos sociais é um problema sobejamente conhecido e limitador da adequada resposta de admissão para doentes agudos. As Equipas de Planeamento de Altas, enquanto gestoras de caso, são equipas multidisciplinares, constituídas por médicos, enfermeiros e assistentes sociais, que trabalham em<br />articulação com todos os profissionais envolvidos no percurso clínico e planeamento da alta. O modelo de funcionamento da equipa assenta na avaliação precoce e sistemática de todos os utentes com recurso a três escalas, enquanto instrumentos que constituem a primeira avaliação do utente pela equipa. A monitorização de diversos indicadores em tempo real permite o reajuste e melhoria do processo de avaliação, bem como a monitorização de ganhos em termos de indicadores assistenciais.</p> João Tiago Serra Cláudia Machado Renata Gomes Miguel Achega Fernanda Bessa Copyright (c) 2024 Internal Medicine https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-12-19 2024-12-19 31 4 168 71 10.24950/rspmi.2580