Uso de marcadores tumorais num Serviço de Medicina Interna – um estudo basal e pós-intervenção

Autores

  • I. V. Luís Serviço de Oncologia Médica, Hospital de Santa Maria, Lisboa Portugal
  • J. Nunes da Silva Serviço de Medicina II, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
  • P.H. Monteiro Serviço de Medicina II, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
  • L.S. Pinheiro Serviço de Medicina II, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
  • T. Nolasco Serviço de Medicina II, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
  • R. Dutschmann Serviço de Medicina II, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
  • T. Gaspar Serviço de Medicina II, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
  • J. Ribeiro Serviço de Oncologia Médica, Hospital de Santa Maria, Lisboa Portugal
  • P. Dias Serviço de Medicina II, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
  • A.F. Duarte Serviço de Medicina II, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
  • J.S. Matias Serviço de Patologia Clínica, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
  • M. Lucas Serviço de Medicina II, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
  • R.M.M. Victorino Serviço de Medicina II, Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal

Palavras-chave:

marcadores tumorais, auto-auditoria, acções de formação/informação

Resumo

Introdução: Os marcadores tumorais (MT) têm um papel importante na prática clínica, sendo no entanto o seu contributo limitado no diagnóstico devido à sua reduzida sensibilidade e especificidade.
Têm vindo a ser desenvolvidas guidelines internacionais sobre
o uso de MT, contudo publicações recentes apontam para uma
sobreutilização de MT. O presente estudo avalia o impacto de
actividades informativas e “auto-auditoria” médica na utilização
de MT num Serviço de Medicina Interna.
Resultados: No estudo basal foram pedidos MT a 19,6% dos
doentes internados verificando-se no estudo após a intervenção
(PI) uma redução de 42,6% do número de pedidos para 10,2%.
No estudo basal o principal motivo para o pedido de MT foi o
diagnóstico e no estudo PI foi o rastreio. Em ambos os estudos
as situações de apropriação foram predominantemente na área
do rastreio enquanto que as situações de inapropriação foram
na área do diagnóstico. No estudo basal foram considerados
apropriados 17,5% dos MT, verificando-se uma subida deste
valor para 46% após a intervenção. Observou-se globalmente
uma descida dos custos totais, sobretudo devido a uma descida
de custos relacionados com inapropriações.
Discussão: O presente estudo demonstra assim que a formação/informação com acções de “auto-auditoria” sobre a correcta
utilização dos MT pode ser um factor determinante na modificação
e melhoria das práticas clínicas, com impacto na redução dos
custos associados.

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Referências

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Ficheiros Adicionais

Publicado

31-03-2010

Como Citar

1.
Luís IV, Nunes da Silva J, Monteiro P, Pinheiro L, Nolasco T, Dutschmann R, Gaspar T, Ribeiro J, Dias P, Duarte A, Matias J, Lucas M, Victorino R. Uso de marcadores tumorais num Serviço de Medicina Interna – um estudo basal e pós-intervenção. RPMI [Internet]. 31 de Março de 2010 [citado 24 de Dezembro de 2024];17(1):5-12. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1255

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