Pielonefrite Xantogranulomatosa

Autores

  • Paulo Costa Serviço de Medicina do Hospital Amato Lusitano (Hospital Distrital de Castelo Branco)
  • Nulita Lourenço Serviço de Medicina do Hospital Amato Lusitano (Hospital Distrital de Castelo Branco)
  • João Gabriel Serviço de Medicina do Hospital Amato Lusitano (Hospital Distrital de Castelo Branco)

Palavras-chave:

Abcessos renais, Pielonefrite Xantogranulomatosa, lípidos

Resumo

ntrodução: Por definição os abcessos renais são colecções purulentas, resultantes de uma infecção que condiciona liquefação
do tecido renal e posteriormente sequestro.
Métodos: Os autores apresentam um caso clínico, de um
doente de 70 anos de idade, sexo feminino, internada no Serviço
de Medicina Interna. Apresentava queixas de astenia, anorexia,
agravamento da dispneia, prurido generalizado (sem alterações
dérmicas associadas), tremores recorrentes, suores e episódios
de febre. Na altura do internamento foram considerados como
diagnósticos diferenciais, abcessos ocultos e neoplasia.
Após realização de vários exames dirigidos e nefrectomia foi
possível fazer o diagnóstico de Pielonefrite Xantogranulomatosa (PXG).
Discussão/Conclusões: A PXG é uma forma crónica de infecção dos rins e tecidos envolventes, descrita pela primeira vez
em 1916 por Schlagenhaufer com o nome de estafilomicose
(devido à sua semelhança com actinomices e a presença de
estafilococos), caracterizada pela destruição do parênquima
renal por macrófagos contendo lípidos. Alterações patológicas
grosseiras incluem aumento do rim (por vezes massivo), litíase,
fibrose peripélvica, hidronefrose e massas amarelas lobuladas
substituindo a parênquima renal

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

McAninch J, Tanagho E: Smith’s General Urology 6th Ed; McGraw-Hill/Appleton & Lange 2003: 377-379.

Kaspar, Braunwal, Fauci et al. Harrison – Medicina Interna 16º Edição, McGraw-Hill 2006: 793-794.

Anderson KA, McAninch JW. Renal Abscess: classification and review of 40 cases. Urology 1980; XVI: 333-338.

Kim E, ShuKla PC et al. Perinephric abscess. Maio 2008. Internet: http://www.emedicine.com

Mobley JD, Rutchik S. Xanthogranulomatous pyelonephritis. Junho 2008Internet: http://www.emedicine.com

Schlagenhaufer, F. (1916). Ober eigentumliche Staphylomykosen der Nieren und des pararenalen Bindegewebes. Frankfurt. Z Path 1916 ; 19: 139-148.

Oberling C. Retroperitoneal xanthogranuloma. Am J Cancer 1935; 23:477-489.

Avnet NL, Roberts TW, Goldberg, HR. (1963). Tumefactive xanthogranulomatous pyelonephritis. Am J Roentgenol Radium Ther Nucl Med 1963; 90: 89-96.

Eastham J, Ahlering T, Skinner E. Xanthogranulomatous pyelonephritis : clinical findings and surgical considerations. Urology 1994 ; 43 : 295-299.

OzcanH, Akyar S, Atosoy C. An unusual manifestation of xanthogranulomatous ptelonephritis: bilateral focal solid renal masses. AJR 1995 ; 165 : 1552-1553.

Malek RS, Elder JS. Xanthogranulomatous pyelonephritis : a critical analysis of 26 cases and of the literature. J Urol 1978 ; 119 : 589-593.

MattsceRasso D, Autorino R, SchiavoM e al. Xanthogranulomatous pyelonephritis: our experience and review of the literature. Minerva Urol Nefrol 2000; 52: 173-178.

Al.Ghazo MA, Ghalayini IF et al. Xanthogranulomatous pyelonephritis: analysis of 18 cases. Asian Journal of Surgery 2006; 29: 257-261.

Focal Xanthogranulomatous pyelonephritis mimicking a renal tumor: CT- and MR findings and evolution under therapy. Nephrology Dialysis Transplantation 1997; 12: 1028-1030

Ficheiros Adicionais

Publicado

30-12-2011

Como Citar

1.
Costa P, Lourenço N, Gabriel J. Pielonefrite Xantogranulomatosa. RPMI [Internet]. 30 de Dezembro de 2011 [citado 24 de Abril de 2024];18(4):229-32. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1345

Edição

Secção

Casos Clínicos

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)