Empiema pleural crónico – a propósito de um caso clínico

Autores

  • Lina Rosário Serviço Universitário de Medicina Interna e Gastrenterologia do HPV
  • António Bugalho Departamento de Pneumologia do HPV
  • Lurdes Santos Matos Serviço Universitário de Medicina Interna e Gastrenterologia do HPV
  • Luis Salazar de Sousa Serviço Universitário de Medicina Interna e Gastrenterologia do HPV
  • António Sousa Guerreiro Serviço Universitário de Medicina Interna e Gastrenterologia do HPV
  • Menezes da Silva Serviço de Cirurgia Geral e Digestiva do HPV
  • José Luís Nunes Serviço de Cirurgia Geral e Digestiva do HPV
  • João Caldeira Serviço de Cirurgia Geral e Digestiva do HPV
  • António Pinto Marques Serviço de Cirurgia Torácica do HPV
  • Dolores Otero Serviço de Cirurgia Torácica do HPV

Palavras-chave:

empiema pleural crónico, fístula pleuro-esofágica

Resumo

Em 1999, foi observado na consulta de Diagnóstico Oncológico Rápido do Hospital de
Pulido Valente um doente do sexo masculino, de 57 anos de idade, com queixas de disfagia
intermitente, halitose fétida e toracalgia. Referia antecedentes de tuberculose
pleuropulmonar aos 12 anos, da qual resultaram lesões de paquipleurite e múltiplos
internamentos por infecção respiratória. Foi internado para estudo, tendo realizado exames
complementares de diagnóstico, dos quais se salientam as telerradiografias de tórax
póstero-anterior e perfil esquerdo, que evidenciaram a presença de paquipleurite e
hipotransparência homogénea dos dois terços inferiores do campo pulmonar direito com
nível hidroaéreo. O estudo do líquido pleural demonstrou tratar-se de um empiema.
Efectuou, ainda, endoscopia digestiva alta, que revelou fístula no terço superior do esófago,
com drenagem de líquido purulento Foram efectuadas telerradiografia e TAC torácicas,
com ingestão de contraste hidrossolúvel, tendo sido documentada a passagem do mesmo
para o espaço pleural, confirmando a presença de uma fístula pleuro-esofágica.
Foi realizada cirurgia de exclusão esofágica, com drenagem e descorticação do espaço
pleural direito e, dois meses depois, esofagectomia total e reconstrução com tubo gástrico.
Dois anos após a cirurgia ocorreu recidiva do empiema, tendo sido efectuada toracoplastia.
Desde essa data, até à actualidade, não se registaram outras intercorrências.

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Referências

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Ficheiros Adicionais

Publicado

30-09-2002

Como Citar

1.
Rosário L, Bugalho A, Santos Matos L, Salazar de Sousa L, Sousa Guerreiro A, da Silva M, Nunes JL, Caldeira J, Pinto Marques A, Otero D. Empiema pleural crónico – a propósito de um caso clínico. RPMI [Internet]. 30 de Setembro de 2002 [citado 17 de Novembro de 2024];9(3). Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1867

Edição

Secção

Casos Clínicos