Hepatite auto-imune – a propósito de três casos

Autores

  • María M. Mendes Médica do Internato Complementar de Medicina Interna, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Bernardino Ribeiro Médico do Internato Complementar de Gastrenterologia, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Maria A. Cipriano Assistente Hospitalar Graduada de Anatomia Patológica, Serviço de Medicina II, Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Maria J. Nabais Assistente Hospitalar de Medicina Interna, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Mário B. Alexandrino Chefe de Serviço de Medicina Interna, Serviço de Medicina II, Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Júlio J. Moura Professor da Faculdade de Medicina de Coimbra e Director do Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra

Palavras-chave:

hepatite auto-imune, hiper-gamaglobulinemia, hipertransaminasemia, imunossupressão

Resumo

Como já é bem conhecido, a hepatite auto-imune (HAI), constitui uma forma de doença hepática
inflamatória crónica, com predomínio do sexo feminino (4:1), hipergamaglobulinemia, autoanticorpos
circulantes, boa resposta à imunossupressão, possível coexistência com outras doenças auto-imunes e prevalência aumentada nos
portadores dos alelos DR3 ou DR4 do HLA.
Descrevemos e comentamos três casos clínicos de HAI, dois do sexo masculino (caso 1: RAAOE, 23
anos e caso 2: PFSC, 30 anos) e outro no sexo feminino (caso 3: MANL, 61 anos), diagnosticados
no nosso Serviço em 1999. Dois dos doentes estavam muito pouco sintomáticos e o terceiro terá tido
previamente uma “remissão” espontânea. Apresentavam valores de alanino aminotransferase (ALT),
entre 12 e 50 vezes o limite superior da normalidade.
Os três doentes tinham uma imunoglobulina G (IgG) elevada e positividade para auto-anticorpos.
No caso 1, trata-se de doença com alguns anos de evolução, mas com menor gravidade analítica e
histológica. Os casos 2 e 3 correspondem a formas graves de HAI, apresentando um deles uma
histologia controversa e outro uma forma mais típica.
Após o diagnóstico, iniciaram tratamento com corticóides e, posteriormente, azatioprina, com boa
resposta terapêutica, e continuando em remissão.

 

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Referências

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Ficheiros Adicionais

Publicado

28-06-2002

Como Citar

1.
Mendes MM, Ribeiro B, Cipriano MA, Nabais MJ, Alexandrino MB, Moura JJ. Hepatite auto-imune – a propósito de três casos. RPMI [Internet]. 28 de Junho de 2002 [citado 18 de Dezembro de 2024];9(2):92-8. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1937

Edição

Secção

Casos Clínicos