Novos paradigmas da terapêutica
Palavras-chave:
terapêutica medicamentosa, investigação de medicamentos, novos modelosResumo
Analisam-se os exemplos, modelos e normativos que enquadram a terapêutica (medicamentosa), tal como hoje é praticada, para se concluir que em face de novos e importantes exemplos e modelos não se torna necessário instituir novas linhas orientadoras da terapêutica. São mencionadas as características da investigação de novos medicamentos, tais como hoje se verificam: interdisciplinidade, recurso a novas tecnologias (da genética, da genómica, da ciência dos computadores, da química combinatória, etc.), procura de medicamentos mais selectivos e mais específicos, intervenção precoce de clínicos no delineamento experimental, atenção crescente ás doenças órfãs e de predomínio nos países economi camente débeis. Regista-se a mudança observada no próprio conceito de medicamento, que agora inclui fármacos modificadores de funções normais (anticoncepcionais, sildenafil, acarbose, orlistat, etc.) Nenhuma destas modificações e evoluções leva a adoptar novos normativos na terapia, que continua a obedecer aos princípios clássicos do beneficio do doente, de não o prejudicar e de ter sempre presente o seu bem. Usados desta maneira, os medicamentos continuam a ser, como os definia Galeno, "deorum quasi manus sunt".
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