Síndrome Hemolítica Urémica e Infeção por SARS-CoV-2: Uma Associação Rara
DOI:
https://doi.org/10.24950/rspmi.1616Palavras-chave:
COVID-19/complicações, SARS-CoV-2, Síndrome Hemolítica Urémica Atípica/diagnóstico, Síndrome Hemolítica Urémica Atípica/tratamento.Resumo
As microangiopatias trombóticas (MAT) são doenças raras,
com elevada morbimortalidade. Destas, a síndrome hemolíticaa urémica (SHU) atípica, associado à desregulação da via alternativa do complemento (genética/adquirida), representa um desafio diagnóstico. Caracteriza-se por microangiopatia trombótica, sendo a lesão renal aguda uma das principais características.
A detecção de fatores etiológicos/precipitantes
(triggers de MAT) é fundamental, ainda que 30% dos casos
permaneçam idiopáticos. Não existe um teste diagnóstico direto, acabando este por ser um diagnóstico final de exclusão (tanto causas primárias como secundárias). A testagem de variantes genéticas é importante em termos prognósticos.
Descreve-se o caso de uma doente de 40 anos, cuja marcha
diagnóstica culminou num SHU atípico associado à infeção
pelo SARS-CoV-2, que se destaca pela raridade. Ressalva-se
a importância do diagnóstico inicial célere e início atempado de tratamento efetivo dirigido: Eculizumab, único atualmente disponível em Portugal. A instituição de plasmaferese e/ou terapêutica de substituição renal devem ser consideradas individualmente.
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