Síndroma de hipersensibilidade - a propósito de um caso clínico
Palavras-chave:
Síndroma de hipersensibilidade, captopril, lesões cutâneas, hepatotoxicidadeResumo
A terapêutica farmacológica induz complicações
em cerca de 19% dos doentes hospitalizados, sendo
as reacções cutâneas secundárias a fármacos as
complicações mais frequentes (2 a 3% dos doentes
internados). Embora na maioria dos casos sem
gravidade, as reacções aos fármacos em alguns
indivíduos são mais graves, condicionando a
síndroma de Stevens-Johnson, a necrose epidérmica
tóxica e a síndroma de hipersensibilidade. Neste
último, os fármacos mais frequentemente
responsáveis são os anticonvulsivantes e as
sulfamidas e raramente, entre outros, o captopril.
A este propósito, os autores descrevem o caso
clínico de uma mulher de 75 anos que, quatro
semanas antes, tinha sido medicada com captopril
e que desenvolve um quadro grave, de início súbito,
de febre, eritrodermia e atingimento de vários órgãos
internos, condicionando insuficiência hepática,
insuficiência renal aguda, pneumonite, pericardite
e, laboratorialmente, linfocitose com linfócitos
atípicos e eosinofilia. A expressão exuberante deste
quadro é muito sugestiva de síndroma de
hipersensibilidade, como se veio a comprovar no
decurso da investigação clínica e evolução terapêutica.
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