Acidente vascular cerebral - Uma visão conjunta da Medicina Física e de Reabilitação e da Medicina Interna
Palavras-chave:
AVC, reabilitação, pulses, MIF, Barthel, Minimental State ExaminationResumo
Objectivos: Definir as características de uma população com Acidente Vascular Cerebral (AVC) em fase aguda, avaliar a capacidade funcional global durante e após internamento e aferir a fiabilidade dos protocolos utilizados.
Metodologia: 250 doentes com AVC internados no Serviço de Medicina de 25/06/93 a 09/01/95. Procedeu-se ao registo de vários protocolos de avaliação: funcional {Pulses, Barthel, MIF); cognitiva
(Minimental State Examination e Escalas Progressivas em Côr); da sensibilidade,motricidade, tónus muscular (Toulouse) e médico geral. Na 2ª fase foi feita reavaliação dos doentes após alta hospitalar.
Resultados: Os resultados globais não diferem em geral das restantes séries portuguesas consultadas. A análise da taxa de mortalidade global permitiu verificar que os primeiros óbitos ocorreram cerca de 20 anos mais cedo nos homens que nas mulheres. Relativamente à curva de distribuição da HTA esta foi detectada mais precocemente nos homens, com pico de incidência 10 anos mais cedo que nas mulheres. Em 73% dos doentes falecidos coexistiu uma complicação, sendo a infecção respiratória a mais frequente seguida da infecção do tracto urinário. Todos os doentes em média a partir do 5° dia foram submetidos a um programa dinâmico de reabilitação física. Obtivemos 76,8% de doentes melhorados. Dos sobreviventes apenas 57% prosseguiram o tratamento de reabilitação.
Conclusões: Os AA pretendem caracterizar a qualidade do serviço prestado eavaliar a importância da intervenção conjunta da Medicina Interna e da Medicina Física e de Reabilitação no tratamento dos doentes com AVC.
Downloads
Referências
Fonte - Departamento de Estudos e Planeamento da Saúde - Elementos Estatísticos Saúde/94 - Ministério da Saúde.
Beborah J, Webb et al. Effects of a Specialized Team on Stroke Care. Stroke. 1995;26:8.
Goodstein RK. Overview: Cerebrovascular accident and the hospitalized elderly-a multidimensional clinicar problem. Am J Psychiatry 1983;140(2): 141-147.
Wisnant JP. Epidemiology of Stroke: Emphasis on transient cerebral ischemic attacks and hypertension. Stroke. 1974;5:68.
Alcino B, João V. Unidades de cuidados intensivos para doentes com acidentes vasculares cerebrais. Vale a pena? Rev Port de Card 1997; 16(5).
Folstein MF, Folstein SE, McHugh PR. "Mini-mental state": a praticai method for grading the cognitive state of patients for the clinician. J Psychiatr Res 1975;12:189-198.
Laíns J, Oliveira RA, Caldas J, Azenha A, Keating J. "Aphasic performances on the Raven Coloured Progressive Matrix". J Clin Exp Neuropsychology 1993;15(3): 394.
Raven J, Progressive Matrices, Manuel; Ed. Scientifiques et Psychologiques 1981.
Mahoney FJ, Barthel DW. Functional evaluation: The Barthel index. Maryland State Med J 1965;14: 61-65.
Moskowitz E, McCann CB: Classification of disability in the chronically ill and aging. J Chronic Dis 1957;5:342-346.
Laíns J. Guia para o uso do Banco Uniformizado de dados para a reabilitação médica - MIF, Versão na Língua Portuguesa, Ed. SMFR/ HUC e Research Foundation - State University of New York 1991.
Fonte: Censos 91.
Barnett HJM: Heart in ischemic stroke: A changing emphasis. Neuro! Clin 1983;1:291-316.
BarretiConnor E, Khaw K: Diabetes mellitus: an independent risk factor for stroke. Am J Epidemiol 1988;128:116.
Friedman GD, Loveland DB, Ehrlich SP Jr. Relationship of stroke to other cardiovascular disease. Circulation l 968;38:533-541.
Golberg G, and Berger G: Secondary prevention in stroke: A primary rehabilitation concern. Arch Phys Med Rehabil 1988;69:32.
Hachinski V, Norris J. The Acute Stroke. Philadelphia, FA Davis, 1985.
Kannel WB, Abbott RD, Savage DD et ai. Epidemiologic features of chronic atrial fibrillation: The Framingham study. N Engl J Med 1982;306:1018-1022.
Wolf PA, Dawber TR, Thomas HE Jr et al. Epidemiologic assessment of chronic atrial fibrillation and risk of stroke. Neurology 1978;28:973-977.
Wolf PA, Kannez WB, Verter J. Current status of risk factors for stroke. Neurol Clin 1983; 1:317-343.
Bousser MG, Eschwege E, Haguenau M et al. "AICLA" controlled trial of aspirin and dipyridamole in the secondary prevention of atherothrombotic cerebral ischemia. Stroke 1983; 14:5-14.
Canadian Cooperative Study Group: A randomized triai of aspirin and sulfinpyrazone in threatened stroke. N Engl J Med 1978;299:53-59.
Toole JF, Janbuay R, Choi K et al. Transient ischemic attacks due to atherosclerosis: A prospective study of 160 patients. Arch Neuro! 1975;32:5.
A. Freire Gonçalves, S. Massano Cardoso. Prevalência dos Acidentes Cerebrais em Coimbra. Acta Médica Portuguesa 1997; 10 : 543-550.
Henrik S Jorgensen, Hirofumi Nakayama. et al. The Effect of a Stroke Unit: Reductions in MortalitY, Discharge Rate to Nursing Home, Length of Hospital Stay, and Cost; Stroke 1995;26(7): 1178- 1182.
Hénon H, Godefroy, Leys D et ai. Early Predictors of death and disability after acute cerebral ischemic event. Stroke 1995;26: 392-397.
Ficheiros Adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Direitos de Autor (c) 2023 Medicina Interna
Acesso livre