Serviço de Urgência: A Necessidade de Novos Modelos de Organização
DOI:
https://doi.org/10.24950/rspmi.886Palavras-chave:
Equipa de Cuidados ao Doente, Serviço de Urgência HospitalarResumo
Foram muitas as razões apontadas para explicar a crise dos Serviços de Urgência (SU) que se verificou em Janeiro de 2015. Certo
é que este foi um Inverno particularmente difícil e que o Serviço de Urgência é um local onde o trabalho é sempre complicado e
caótico. No entanto os Internistas devem tentar ajudar na solução
dos problemas reais que existem nos nossos Serviços de Urgência. Os modelos que funcionam actualmente levaram à fractura
de cada hospital em dois hospitais distintos, o da equipa fixa e o do internamento. As equipas fixas, inicialmente compostas por
profissionais competentes e motivados, esgotaram-se num trabalho difícil e desgastante, levando em muitos casos à sua própria
destruturação, com consequente redução da qualidade do funcionamento das mesmas. As equipas do internamento, actualmente confinadas aos períodos noturnos e fins de semana, passaram a tomar o SU como um local de trabalho obrigatório e não
grato. Neste contexto também os internos deixaram de entender
o SU como um local preferencial de aprendizagem. A reorganização das equipas hospitalares pode melhorar o desempenho do
SU. A criação de um modelo misto, com médicos das equipas fixas e médicos do internamento pode ser vantajosa para ambas
as partes e para os internos. É necessário discutir e implementar medidas agora, de modo a preparar o próximo Inverno.
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