As pragas no êxodo dos Judeus do Egipto: abordagem epidemiológica e contributo para o esclarecimento da origem do símbolo da Medicina

Autores

  • J. A. David de Morais Chefe de Clínica de Medicina Interna do Hospital do Espírito Santo de Évora e professor da Universidade de Évora (aposentado)

Palavras-chave:

êxodo dos Judeus do Egipto, epidemias, símbolo da Medicina, caduceu

Resumo

Como é sabido, a interpretação puramente teológica da Bíblia
está ultrapassada. Impõe-se, pois, hoje em dia, abordar os textos
bíblicos sob uma óptica multidisciplinar e integrada ou “complementarista”: teológica, arqueológica, antropológica, mitológica,
sociológica, paleoclimatológica, epidemiológica, etc. Outrossim,
a assumpção de que os factos da Bíblia, designadamente do
Velho Testamento, ocorreram conforme ali se relatam não poderá, à luz dos progressos científicos actuais, ser aceite de forma
linear. Todavia, muitos desses factos tiveram, com efeito, lugar e
persistiram no tempo, durante vários séculos, por via da tradição
oral, sendo subsequentemente fixados em textos segundo uma
visão coerente com o contexto religioso e cultural então vigentes.
Assim, as epidemias descritas no êxodo dos Judeus do Egipto
constituem um palimpsesto respeitante a surtos epidémicos
diversos, correlacionáveis, na sua maioria, com as alterações
climáticas então ocorridas no Médio Oriente.

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Ficheiros Adicionais

Publicado

28-06-2013

Como Citar

1.
de Morais JAD. As pragas no êxodo dos Judeus do Egipto: abordagem epidemiológica e contributo para o esclarecimento da origem do símbolo da Medicina. RPMI [Internet]. 28 de Junho de 2013 [citado 18 de Dezembro de 2024];20(2):93-100. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1080

Edição

Secção

História da Medicina