Brucelose com endocardite
Palavras-chave:
Brucella, Endocardite, Gamapatia monoclonal transitóriaResumo
A Endocardite a Brucella requer um alto índice de suspeição para
um adequado diagnóstico e tratamento. Embora rara, atingindo,
dependendo das séries, menos de 2% dos doentes com Brucelose, é a complicação mais grave da mesma sendo responsável
por mais de 80% da mortalidade. A válvula aórtica é a mais
frequentemente envolvida (75%) seguida pela válvula mitral.
Apesar do tratamento médico, a cirurgia com substituição valvular
é habitualmente necessária. Os autores apresentam um caso
clínico de Endocardite a Brucella da válvula mitral num doente
do sexo masculino, 42 anos, com acidente isquémico transitório
e gamapatia monoclonal transitória cujo tratamento foi alcançado
com sucesso apenas com terapêutica médica. A propósito do caso
são discutidas as doses e a duração do tratamento médico bem
como a associação da Endocardite a Brucella com a gamapatia
monoclonal transitória baseados numa revisão da literatura.
Downloads
Referências
Young EJ. Brucella species. In: Mandell GL, Bennett JE, Dolin R, Principles and Practice of Infectious Diseases, 4th Edition, New York: Churchill Livinstone 1995: 2053-2060.
Berbarie EF, Cockerill FR, Steckelberg JM. Infective endocarditis due to unusual or fastidious microorganisms. Mayo Clin Proc 1997; 72: 532-542.
Leandro J, Roberto H, Antunes M: Brucella Endocarditis of the aortic valve. Eur J Cardio-thoracic surgery 1998; 13: 95-97.
Brouqui P, Rault D. Endocarditis due to rare and fastidious bacteria. Clinical Microbiology Reviews 2001; 14: 177-207.
Sauret J, Vilissova N. Human Brucellosis. J Am Board Fam Pract 2002 ; 15: 401-406.
Dalrymple-Champneys W. Brucella Infections and Undulant fever in man. London: Oxford University Press: 1960.
Al-Harthi SS. The morbidity and mortality patterns of Brucella Endocarditis. Intern J Cardiol 1989; 25: 321-324.
Hadjinikalaou L, Triposkiadis F, Zairis M, Chlapoutakis E, Sinou P. Successful management of Brucella mellitensis Endocarditis with combined medical and surgical approach, Eur J Cardio-thoracic surgery 2001; 19: 806-810.
Zisis C et al. Brucella Endocarditis: presentation of two cases and literature review. Hellenic J Cardiol 2002; 43: 174-177.
Carnenal J Brucellosis In: Farreras, Rozman. Medicina Interna, Ed Doyma; 1995; 13: 2312-2317.
Young EJ. Serologic diagnosis of human Brucellosis: analysis of 214 cases by agglutination tests and review of the literature. Rev Infect Dis 1991; 13: 359-372.
Memish Z et al. Brucella bacteraemia: clinical and laboratory observation in 160 patients. Journal of Infection 2000; 20: 59-63.
Murtagh B et al. Diagnosis and management of bacterial Endocarditis in 2003. Current opinion in Cardiology 2003; 18: 106-110.
Milonakis E, Calderwood S. Infective Endocarditis in adults. NEJM 2001; 345 (18):1318-1330.
Rotes-Querl J. Osteo-articular sites in Brucellosis. Am Rheum Dis 1957: 16: 63-68.
Rolain JM, Maurin M, Raoult D. Bactericidal effect of antibiotics on Bartonella and Brucella spp.: clinical implications. Journal of Antimicrobial chemotherapy 2000; 46: 811-814.
Heon B, Alla F, Selton-Suty C et al. Changing profile of infective Endocarditis: results of a 1-year survey in France. JAMA 2002; 288: 75-78.
Isselbacher et al. Harrisons´s-Principles of internal medicine. Longo D. Plasma cell disorders. International Edition 1994; 280: 1618-1625.
Giraldo P, Rubio-Felix D, Delgado P, Giralt M. Transient monoclonal gammopathies: study of 34 cases. Sangre (Barc) 1994; 39(5): 351-355.
Vargas V et al. Transitory IgM monoclonal gammopathies associated with Brucellosis and Tuberculosis. Med Clic (Barc) 1981; 77(6): 247-249.
Larrain C. Transient monoclonal gammopathies associated with infectious endocarditis. Rev Med Chil 1986; 114(8): 771-776.
Delvechio G, Fracasseti O, Lorenzi N. Brucella Endocarditis. Intern J Cardiol 1991; 33: 328-329.
Cohen N, Golik A, Alon I, Zaidenstein R, Dishi V, Karpuch J et al. Conservative treatment for Brucella Endocarditis. Clin Cardiol 1997: 20: 291 294
Ficheiros Adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Direitos de Autor (c) 2023 Medicina Interna
Acesso livre
