Osteoporose pós-menopausa: aspectos clínicos

Autores

  • Madhucar Talaulicar Head Physician, retired, Diabetes Centre, Bad Lauterberg, Germany

Palavras-chave:

osteoporose, densidade mineral óssea, bifosfonatos, cálcio e vitamina D, raloxifena, calcitonina, teriparatida

Resumo

A osteoporose pós-menopausa, extremamente frequente em todo
o mundo, é caracterizada por uma diminuição da massa óssea,
resultando assim uma extensa fragilidade óssea. O diagnóstico
da osteoporose é realizado com base na densidade mineral dos
ossos (BMD), obtida através da absorciometria de raios-X de
dupla energia (DXA). As complicações mais importantes são as
fracturas. A prevenção e o tratamento da osteoporose têm por
objectivo reduzir substancialmente as fracturas. A administração
suplementar de cálcio e vitamina D pode retardar a perda da
massa óssea e aumentar ligeiramente a BMD. Os bifosfonatos
são os fármacos actualmente mais usados; estas substâncias reduzem a actividade dos osteoclastos e são inibidoras potentes da
reabsorção óssea. O ranelato de estrôncio é uma alternativa aos
bifosfonatos. O estrogéneo, assim como o raloxifeno, modulador
selectivo do receptor do estrogéneo, impedem a redução óssea;
o raloxifeno, porém, presumivelmente sem os efeitos nocivos do
estrogéneo. Actualmente a administração do estrogéneo, seja de
forma isolada ou em combinação com a progesterona, está praticamente em desuso. A calcitonina, péptido produzido pelas células
C da tiróide, inibe a reabsorção óssea; a sua eficácia clínica é no
entanto moderada. A teriparatida, análogo da paratormona, é um
anabólico ósseo bastante eficaz que aumenta a formação dos
ossos; porém, esta substância é utilizada apenas em casos graves. Uma alimentação equilibrada com um suplemento adequado
em cálcio e vitamina D, e exercício físico moderado, parecem ser
importantes para a manutenção ou aumento da BMD. É também
necessário dar indicações às doentes sobre a forma de evitar as
fracturas osteoporóticas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Delmas PD. Treatment of postmenopausal osteoporosis. Lancet 2002; 359: 2018-2026.

Mauck KF, Clarke BL. Diagnosis, Screening, Prevention, and Treatment of Osteoporosis. Mayo Clin Proc 2006; 81: 662-672.

Lindsay R. Osteoporosis. A Guide to Diagnosis, Prevention and Treatment. New York: Raven Press 1992; 1-3.

National Osteoporosis Foundation. Osteoporosis Disease Statistics: “Fast Facts.” Available at: www.nof.org/osteoporosis/diseasefacts.htm. Accessed March 21, 2006.

Versorgung von Osteoporose-Patienten in Deutschland. Deutsches Ärzteblatt 2006; 103: 2120-2126.

AACE Osteoporosis Guidelines. Endocr Pract 2003; 9: 544-564.

Osteoporosis. The Gamma Series of the Royal Society of New Zealand. January 2005; 1-4.

O’Neill S, MacLennan A, Bass S et al. Guidelines for the management of postmenopausal osteoporosis for GPs. Aust Fam Physician 2004; 33: 910-917.

Kanis JA, Glüer C-C. Committee of Scientific Advisors, International Osteoporosis Foundation. An update on the diagnosis and assessment of osteoporosis with densitometry. Osteoporos Int 2000; 11: 192-202.

Poole KES, Composton JE. Osteoporosis and its management. BMJ 2006; 333: 1251-1256.

O’Neill S, Sambrook P, Diamond T et al. Guidelines for the treatment of postmenopausal osteoporosis for general practitioners. Aust Fam Physician 2002; 31: 1-8.

Eastell R, Mallinak N, Weiss S et al. Biological variability of serum and urinary N-telopeptides of type I collagen in postmenopausal women. J Bone Miner Res 2000; 15: 594-598.

Greenspan SL, Parker RA, Ferguson L, Rosen HN, Maitland-Ramsey L, Karpf DB. Early changes in biochemical markers of bone turnover predict the long-term response to alendronate therapy in representative elderly women: a randomized clinical trial. J Bone Miner Res 1998;13: 1431-1438

Nelson HD, Helfand M, Woolf SH, Allan JD. Screening for Postmenopausal Osteoporosis: A Review of the Evidence of the U.S. Preventive Services Task Force. Ann Intern Med 2002; 137: 529-541.

2006 DVO-Guideline for Prevention, Clinical Assessment and Treatment of Osteoporosis for Women after Menopause, for Men after Age 60. Available at: www.lutherhaus.de/dvo-leitlinien

U.S. Clinical Practice Guideline for Osteoporosis Screening and Treatment 2007. Available at: www.mahealthcare.com/prac_guide.htm

Robbins J, Aragaki AK, Kooperberg C et al. Factors Associated With 5-Year Risk of Hip Fracture in Postmenopausal Women. JAMA 2007; 298:

-2398.

Kanis JA, McCloskey EV, Johansson H, Oden A. Approaches to the targeting of treatment for osteoporosis. Nature Reviews Rheumatology 2009; 5: 425-431.

Dawson-Hughes B. Commentary: A Revised Clinician’s Guide to the Prevention and Treatment of Osteoporosis. J Clin Endocrinol Metab 2008; 93: 2463-2465.

Järvinen TLN, Sievänen H, Khan KM, Heinonen A, Kannus P. Shifting the focus in fracture prevention from osteoporosis to falls. BMJ 2008;336: 124-126.

Black DM, Delmas PD, Eastell R et al. Once-yearly zoledronic acid for treatment of postmenopausal osteoporosis. N Engl J Med 2007; 356: 1809-1822.

Lewiecki EM. Intravenous zoledronic acid for the treatment of osteoporosis. Curr Osteoporos Rep 2008; 6: 17-23.

Siris ES, Harris ST, Rosen CJ et al. Adherence to Bisphosphonate Therapy and Fracture Rates in Osteoporotic Women: Relationship to Vertebral and Nonvertebral Fractures From 2 US Claims Databasis. Mayo Clin Proc 2006; 81: 1013-1022.

Shu AD-H, Stedman MR, Polinski JM et al. Clinical Adherence to Osteoporosis Medications After Patient and Physician Brief Education: Post Hoc Analysis of a Randomized Controlled Trial. Am J Manag Care 2009; 15: 417-424.

Warriner AH, Curtis JR. Adherence to osteoporosis treatments

Ficheiros Adicionais

Publicado

30-09-2010

Como Citar

1.
Talaulicar M. Osteoporose pós-menopausa: aspectos clínicos. RPMI [Internet]. 30 de Setembro de 2010 [citado 19 de Abril de 2024];17(3):179-86. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1218

Edição

Secção

Artigos de Revisão