Dissecção Carotídea com Parésia de Pares Craneanos
DOI:
https://doi.org/10.24950/rspmi.821Palavras-chave:
Dissecação da Artéria Carótida Interna, Doenças dos Nervos Cranianos, Síndrome de HornerResumo
A dissecção da artéria carótida interna é pouco frequente,
representando cerca de 2-2,5% dos acidentes vasculares
cerebrais na população geral, sendo mais prevalente na população
jovem. Pode ser traumática ou espontânea. Manifesta-
se habitualmente por dor cervical e craneana, sintomas de
isquémia cerebral, síndrome de Horner e em mais de 10%
dos casos com parésia de pares craneanos. Apresenta-se o
caso de um homem de 44 anos, observado após um episódio
de dor cervical esquerda à qual se seguiu a instalação de
síndrome de Horner, estrabismo convergente sugestivo de
parésia do VI par craneano e assimetria facial característica
de uma parésia facial periférica. A tomografia computorizada
craneo-encefálica não revelou lesões isquémicas agudas e o
ecodoppler dos vasos carotídeos não apresentava alterações
relevantes. Já em internamento realizou angio ressonância
magnética de craneo que confirmou a suspeita inicial de dissecção
da artéria carótida interna esquerda.
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