Encefalite Límbica Autoimune

Autores

  • Cristiana Barbosa Serviço de Medicina Interna, Serviço de neurologia, Serviço de neurorradiologia, Centro Hospitalar Tondela Viseu - Unidade de Viseu , Viseu, Portugal
  • Luís Patrão Serviço de Medicina Interna, Serviço de neurologia, Serviço de neurorradiologia, Centro Hospitalar Tondela Viseu - Unidade de Viseu , Viseu, Portugal
  • Victor Bettencourt Serviço de Medicina Interna, Serviço de neurologia, Serviço de neurorradiologia, Centro Hospitalar Tondela Viseu - Unidade de Viseu , Viseu, Portugal
  • Sara Pereira Serviço de Medicina Interna, Serviço de neurologia, Serviço de neurorradiologia, Centro Hospitalar Tondela Viseu - Unidade de Viseu , Viseu, Portugal
  • Joana Domingues Serviço de Medicina Interna, Serviço de neurologia, Serviço de neurorradiologia, Centro Hospitalar Tondela Viseu - Unidade de Viseu , Viseu, Portugal
  • António Garrido Serviço de Medicina Interna, Serviço de neurologia, Serviço de neurorradiologia, Centro Hospitalar Tondela Viseu - Unidade de Viseu , Viseu, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.24950/rspmi.965

Palavras-chave:

Doenças Autoimunes, Encefalite Límbica

Resumo

A encefalite límbica é uma entidade rara, mas cada vez mais
reconhecida. Carateriza-se pela instalação abrupta de sintomas
como confusão, declínio cognitivo, irritabilidade, depressão, alucinações. É uma doença inflamatória com envolvimento preferencial dos lobos temporais, o que explica a presença frequente
de convulsões. Apresentamos o caso de um jovem de 27 anos
com síndrome hiperosmolar (no contexto de diabetes mellitus
inaugural), quadro confusional agudo e convulsões de novo.
Colocaram-se várias hipóteses diagnósticas: meningoencefalite
infeciosa, meningoencefalite autoimune, encefalopatia metabólica. Apesar da terapêutica instituída (antibioterapia, correção
de estado hiperosmolar, terapêutica anticonvulsivante), manteve deterioração cognitiva e crises convulsivas. Colocada hipótese de encefalite límbica autoimune por anti-GAD, e instituído
tratamento com imunoglobulina humana. Registou-se drástica
melhoria clínica, que corroborou o diagnóstico (juntamente com
achados imagiológicos). Apesar de difícil diagnóstico, a encefalite límbica, deve equacionar-se perante quadros confusionais
agudos com sintomatologia psiquiátrica e convulsões. A suspeição clínica e tratamento precoces são essenciais no sucesso
terapêutico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brierley JB, Corsellis JAN, Hierons R, Nevin S. Subacute encephalitis of later adult life. Mainly affecting the limbic areas. Brain.

;83:357-68.

Finelli PF. Autoimmune limbic encephalitis with GAD antibodies. Neurohospitalist. 2011;1:178-81.

Buckley C, Oger J, Clover L, Tüzün E, Carpenter K, Jackson M, et al. Potassium channel antibodies in two patients with reversible limbic encephalitis. Ann Neurol. 2001;50:73-8.

Leypoldt F, Wandinger KP, Bien C, Dalmau J. Autoimmune encephalitis. Eur Neurol Rev. 2012;8:31.

Tuzun E, Dalmau J. Limbic encephalitis and variants: classification, diagnosis and treatment. Neurologist. 2007;13:261-71.

Gultekin SH, Rosenfeld MR, Voltz R, Eichen J, Posner JB, Dalmau J. Paraneoplastic limbic encephalitis: neurological symptoms, immunological findings and tumour association in 50 patients. Brain. 2000;123:1481-94.

Mark M. A New adult onset temporal lobe epilepsy linked to limbic encephalitis. Neurol Today. 2007;7:4-6.

Caselli RJ, Drazkowski JF, Wingerchuk DM. Autoimmune Encephalopathy. Mayo Clin Proc. 2010;85:878-80.

Derry C, Wilkie M, Al-Shahi Salman R, Davenport R. Autoimmune limbic encephalitis. Clin Med. 2011;11:176-8.

Saiz A, Blanco Y, Sabater L, González F, Bataller L, Casamitjana R, et al. Spectrum of neurological syndromes associated with

glutamic acid decarboxylase antibodies: diagnostic clues for this association. Brain. 2008;131:2553-63.

Errichiello L, Perruolo G, Pascarella A, Formisano P, Minetti C, Striano S, et al. Autoantibodies to glutamic acid decarboxylase

(GAD) in focal and generalized epilepsy: A study on 233 patients. J Neuroimmunol. 2009;211:120-3.

Sharma A, Dubey D, Sawhney A, Janga K. GAD65 Positive autoimmune case report and review of literature. J Clin Med Res.

;4:424-8.

Kanellakopoulou K, Pagoulatou A, Stroumpoulis K, Vafiadou M, Kranidioti H, Giamarellou H, et al. Pharmacokinetics of moxifloxacin in non-inflamed cerebrospinal fluid of humans: implication for a bactericidal effect. J Antimicrob Chemother. 2008;61:1328-31.

Bak T, Antoun N, Balan K, Hodges J. Memory lost, memory regained: neuropsychological findings and neuroimaging in two

cases of paraneoplastic limbic encephalitis with radically different outcomes. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2001;71:40-7.

Akman CI, Patterson MC, Rubinstein A, Herzog R. Limbic encephalitis associated with anti-GAD antibody and common variable

immune deficiency. Dev Med Child Neurol. 2009;51:563-7.

Matà S, Muscas GC, Naldi I, Rosati E, Paladini S, Cruciatti B et al. Non-paraneoplastic limbic encephalitis associated with

anti-glutamic acid decarboxylase antibodies. J Neuroimmunol. 2008;199:155-9.

Irani SR. Vincent A. Autoimmune encephalitis — new awareness, challenging questions. Discov Med. 2011;11:449-58.

Sharp M, Javidan M. Immunomodulation in adult epilepsy: the role of IVIG. Can J Neurol Sci. 2012; 39:584-91.

Ficheiros Adicionais

Publicado

31-12-2015

Como Citar

1.
Barbosa C, Patrão L, Bettencourt V, Pereira S, Domingues J, Garrido A. Encefalite Límbica Autoimune. RPMI [Internet]. 31 de Dezembro de 2015 [citado 18 de Dezembro de 2024];22(4):215-8. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/965

Edição

Secção

Casos Clínicos

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)