Angioedema e flushing em doente idoso. Da “alergia” ao carcinóide. A importância do diagnóstico diferencial.

Autores

  • Anna Sokolova Ravasqueira Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Santa Maria. Lisboa
  • Gabriela Palma-Carlos Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Santa Maria. Lisboa
  • José Rocha Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Santa Maria. Lisboa
  • Manuel Branco Ferreira Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Santa Maria. Lisboa; Faculdade de Medicina de Lisboa
  • Manuel Pereira Barbosa Serviço de Imunoalergologia. Hospital de Santa Maria. Lisboa; Faculdade de Medicina de Lisboa

Palavras-chave:

angioedema, carcinóide, hipertensão, flushing

Resumo

O fenómeno de envelhecimento da população tem repercussão
no leque de diagnóstico diferencial dos doentes observados em
qualquer consulta médica e também na consulta de Alergologia.
Nesta consulta, as reacções adversas medicamentosas constituem o principal motivo de referenciação dos doentes idosos. Os
fármacos que actuam no eixo renina-angiotensina-aldosterona
assumem um papel cada vez mais importante no doente com
patologia cardiovascular, sendo o angioedema um dos seus
possíveis efeitos adversos. Apresenta-se o caso clínico de uma
doente de 71 anos de idade, com internamento por angioedema
labial recorrente após terapêutica de crises hipertensivas com
captopril que resolveu com a evicção deste fármaco. Posteriormente, a doente foi novamente referenciada à consulta de
Alergologia por flushing, interpretado pelo médico assistente
como reacção alérgica de etiologia a esclarecer. A abordagem
multidisciplinar permitiu o diagnóstico de tumor neuroendócrino.
Os autores discutem a etiologia do angioedema e do flushing e
as alternativas terapêuticas.

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Ficheiros Adicionais

Publicado

31-12-2009

Como Citar

1.
Sokolova Ravasqueira A, Palma-Carlos G, Rocha J, Branco Ferreira M, Pereira Barbosa M. Angioedema e flushing em doente idoso. Da “alergia” ao carcinóide. A importância do diagnóstico diferencial. RPMI [Internet]. 31 de Dezembro de 2009 [citado 18 de Dezembro de 2024];16(4):239-46. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1432

Edição

Secção

Casos Clínicos