Malária grave em Cuidados Intensivos

Autores

  • Helena Estrada Assistente Graduada de Medicina Interna, Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP), Hospital de Santo António dos Capuchos, Lisboa
  • Isabel Miranda Assistente Graduada de Anestesiologia Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP), Hospital de Santo António dos Capuchos, Lisboa
  • Maria José Ferrão Assistente Graduada de Anestesiologia Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP), Hospital de Santo António dos Capuchos, Lisboa

Palavras-chave:

Malária, Plasmodium, falciparum, SDRA, Insuficiência Renal, UCI

Resumo

Objectivo: Rever o perfil clínico e terapêutico dos doentes com malária grave admitidos numa
unidade de cuidados intensivos (UCI).
Tipo de estudo: Retrospectivo.
População: Nove doentes com malária a Plasmodium falciparum admitidos entre Agosto de
1991 e Julho de 2001 na UCI do Hospital de Santo António dos Capuchos (HSAC).
Resultados: As complicações mais frequentes foram as manifestações neurológicas, a
síndroma de dificuldade respiratória aguda (SDRA) e a insuficiência renal aguda. A
ventilação mecânica foi utilizada em cinco doentes, a prótese renal em dois e as aminas
vasopressoras em três doentes. Faleceram dois doentes (22.2%).
Conclusões: A malária a Plasmodium falciparum é uma doença potencialmente fatal, pelo
que os factores de risco e os critérios para admissão em UCI devem ser identificados. A
presença de disfunção de órgão, nomeadamente de manifestações neurológicas, insuficiência
renal e respiratória deverão ser consideradas como indicação para internamento em cuidados
intensivos.

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Ficheiros Adicionais

Publicado

31-12-2002

Como Citar

1.
Estrada H, Miranda I, Ferrão MJ. Malária grave em Cuidados Intensivos. RPMI [Internet]. 31 de Dezembro de 2002 [citado 22 de Dezembro de 2024];9(4). Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1871

Edição

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