Avaliação de Risco de Diabetes Tipo 2 em Profissionais de Saúde num Hospital Terciário

Authors

  • Ana Sofia Silva Hospital Nélio Mendonça - Funchal
  • Mariana Baptista Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde Gaia e Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Rita Costa Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde Gaia e Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Pedro Oliveira Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde Gaia e Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Catarina Dionísio Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde Gaia e Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Rafaela Veríssimo Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde Gaia e Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Elena Suárez Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde Gaia e Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Pedro Caiano Gil Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde Gaia e Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Rute Lopes Caçola Serviço de Medicina Interna, Unidade Local de Saúde Gaia e Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.24950/rspmi.2630

Keywords:

Diabetes Mellitus Tipo 2/prevencao e controlo, Exercício, Profissionais de Saúde

Abstract

Introdução: A diabetes tipo 2 (DM2) e uma doença multifatorial, para a qual contribuem comportamentos sedentários e uma alimentação errática. Inquéritos simples, práticos e não-invasivos podem identificar indivíduos com risco aumentado de desenvolver DM2.

Métodos: Estudo observacional transversal, aplicando os questionários Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISC) e International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) a profissionais de saúde de um hospital terciário. As variáveis estudadas foram as incluídas no FINDRISC e IPAQ. Antecedentes pessoais de diabetes foram critério de exclusão. Os dados foram analisados no IBM SPSS Statistics, versao 27.

Resultados: Foram excluídos 22 dos inquiridos por serem diabéticos. Dos restantes 279 indivíduos, 68,4% tinha menos de 45 anos e 2,6% tinha 65 anos ou mais; 51,6% eram médicos, 12,3% enfermeiros, 8,2% assistentes ou técnicos superiores, 6,1% técnicos superiores de diagnostico e terapêutica. O índice de massa corporal (IMC) medio foi de 23,8 ± 3,7 kg/m2. Cerca de metade tinha antecedentes familiares de DM2. A mediana no FINDRISC foi de 5 (mínimo 0, máximo 22). Cerca de dois terços dos profissionais de saúde tinham baixo risco e apenas 4,5% risco alto e 0,4% muito alto, sendo os médicos a classe profissional que parece apresentar menor risco.

Conclusão: A prevalência de DM2 foi semelhante a estimada para a população portuguesa. A maioria dos inquiridos apresentava um IMC normal, pratica de atividade física regular e consumo de vegetais e fruta, podendo explicar o seu baixo risco de desenvolver DM2. O inquérito FINDRISC pode figurar como importante no rastreio, sobretudo quando o risco para DM2 e mais elevado.

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Published

2025-07-31

How to Cite

1.
Silva AS, Baptista M, Costa R, Oliveira P, Dionísio C, Veríssimo R, Suárez E, Caiano Gil P, Lopes Caçola R. Avaliação de Risco de Diabetes Tipo 2 em Profissionais de Saúde num Hospital Terciário. RPMI [Internet]. 2025 Jul. 31 [cited 2025 Aug. 1];32(2):80-9. Available from: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2630

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