Experiência de Unidade de Cuidados Intermédios Médicos – 2005-2014
DOI:
https://doi.org/10.24950/rspmi.962Palavras-chave:
Portugal, Unidades de Cuidados Intensivos, Unidades de Cuidados Intermédios, Unidades Hospitalares, Ventilação não InvasivaResumo
Introdução: As Unidades de Cuidados Intermédios Médicos
(UCIM) são necessidades reais dos hospitais modernos. Permitem redução de custos e melhoram a qualidade dos cuidados,
tendo por base uma boa articulação entre os vários serviços hospitalares. Apresenta-se a casuística de uma UCIM, desde a sua
abertura em 2005 até 2014, de modo a averiguar qual a sua realidade quando a cargo da Medicina Interna.
Material e Métodos: Foi feita uma análise rectrospectiva e descritiva da UCIM supramencionada entre 29 de Outubro de 2005 e 31
de Dezembro de 2014.
Resultados: Na UCIM foram admitidos 1641 doentes, sendo
46% do sexo feminino e 54% do sexo masculino, com uma idade média de 61 anos. O internamento demorou em média cerca
de 4 dias. A grande maioria dos doentes provinha do serviço de
urgência (45,3%), seguindo-se a enfermaria de Medicina Interna
(27,1%) e a Unidade de Cuidados Intensivos (20,9%). Os principais motivos de admissão foram a pneumonia (33,5%), que surgiu
com grande expressão, as intoxicações (8,7%), o tromboembolismo pulmonar (8,3%) e a insuficiência respiratória global (7,1%). A
mortalidade foi de 5,7%. Foi feito step-up em 7,9% dos doentes
e step-down em 92,1%, com a grande maioria dos doentes a ser
transferido para a enfermaria de Medicina Interna. Nos 2 anos decorridos desde a instituição de ventilação não invasiva na UCIM,
esta foi realizada em 23,0% dos doentes admitidos, sendo utilizada principalmente no contexto de exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crónica (39,9% dos casos), pneumonia (30,3%)
ou edema agudo do pulmão (20,8%).
Conclusão: Esta Unidade vem reforçar a importância dos Intermédios, como ponte entre os diferentes serviços e forma de intervenção numa pluralidade de aspectos, resultando num elevado grau
de eficácia e eficiência na melhoria dos cuidados e rentabilização
de recursos, com uma baixa taxa de mortalidade.
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