Síndrome de hipersensibilidade ao alopurinol simulando linfoma cutâneo

Autores

  • Paulo Rodrigues lnterno do internato complementar de Medicina Inter­na, Serviço de Medicina Hospital de Curry Cabra
  • Cândida Fernandes Interna do internato complementar de Dermatologia, Serviço de Dermatologia Hospital de Curry Cabral
  • João Machado Assistente Hospitalar de Medicina Interna, Serviço de Medicina Hospital de Curry Cabral
  • Orlando Cardoso Assistente eventual de Medicina Interna, Serviço de Medicina Hospital de Curry Cabral
  • Fátima Pereira Assistente Hospitalar de Dermatologia, Serviço de Dermatologia Hospital de Curry Cabral
  • Aida Botelho Assistente Hospitalar de Hematologia, Serviço de Hematologia do Hospital de Santo António dos Capuchos
  • Ana Afonso Assistente Hospitalar de Anatomia Patológica, Serviço de Anatomia Patológica Hospital de Curry Ca­bral
  • Rui Proença Director do Serviço I de Medicina, Serviço de Medicina, Hospital de Curry Cabral

Palavras-chave:

síndrome de hipersensibilidade, pseudo-linfoma cutâneo, alopurinol

Resumo

As reacções cutâneas secundárias às drogas são frequentes (em 2 a 3% dos doentes hospitalizados); embora na maioria sem gravidade, num pequeno número de casos podem atingir elevada morbilida­ de e mortalidade. É por isso essencial o rápido reconhecimento das reaccões mais graves, como por exemplo síndrome de Stevens-johnson, necrólise epi­dérmica tóxica ou síndrome de hipersensibilidade. Neste último as drogas mais frequentemente respon­sáveis são os antiepilépticos, sulfonamidas e alopu­rinol. Os síndromes de hipersensibilidade a fárma­cos assumem raramente características clínicas e sobretudo histológicas quase indistinguíveis dos ver­dadeiros linfomas cutâneos. Nestes casos a diferen­ciacão entre estas duas entidades, embora difícil, é muito importante pelas naturais implicações tera­pêuticas.

A este propósito os autores descrevem o caso clínico de um doente de 51 anos, com febre elevada de início abrupto e eritrodermia, em que o exame his­tológico das biópsias cutânea e ganglionar foi de linfoma cutâneo de células T com envolvimento ganglionar especifico. Veio no entanto a apurar-se que o doente tinha sido medicado com alopurinol duas semanas antes do início da febre. As características clínico-laboratoriais e a evolução vieram a compro­var o diagnóstico de síndrome de hipersensibilidade­ ao alopurinol.

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Referências

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Ficheiros Adicionais

Publicado

30-09-1997

Como Citar

1.
Rodrigues P, Fernandes C, Machado J, Cardoso O, Pereira F, Botelho A, Afonso A, Proença R. Síndrome de hipersensibilidade ao alopurinol simulando linfoma cutâneo. RPMI [Internet]. 30 de Setembro de 1997 [citado 22 de Dezembro de 2024];4(3):182-6. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2231

Edição

Secção

Casos Clínicos

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