Comparação do Diagnóstico Final do Pré-Hospitalar com o Diagnóstico Final da Urgência
DOI:
https://doi.org/10.24950/rspmi.942Palavras-chave:
Medicina de Emergência, Serviços Médicos de Emergência, Transporte de DoentesResumo
Introdução: Para analisar a adequação e eficiência das equipas de
emergência pré-hospitalar elaborámos um estudo descritivo na região da Cova da Beira.
Material e Métodos: Relacionámos o diagnóstico final realizado pelo médico na Viatura Médica de Emergência e Reanimação
(VMER) com o diagnóstico final efetuado pelo médico na Urgência.
Verificámos a gravidade/complexidade das situações que geraram ativação da VMER, correlacionando com o destino dos doentes
após observação na Urgência.
Resultados: Constatámos que em todos os sistemas da Classificação Internacional de Doenças houve um sobrediagnóstico por
parte da VMER, encontrando-se na asma a maior diferença entre os
diagnósticos VMER e hospitalar. Para a hipótese de acidente vascular cerebral (AVC) constatámos que 30,8% (12/39) correspondiam
a alterações neurológicas causadas por problemas de oxigenação e/ou de hemodinâmica e não a AVC. No aparelho circulatório, das
hipóteses diagnósticas de angor instável, 51,7% (15/29) não foram relacionadas com a Via Verde Coronária na Urgência. O destino com maior frequência entre os sistemas de órgãos, exceto no aparelho
respiratório, foi a alta para o exterior, portanto, a maioria das ativações corresponderam a um grau leve de gravidade/complexidade. A morte e o internamento ocorreram com maior frequência nos problemas/diagnósticos do aparelho respiratório.
Conclusão: Concluímos que a maioria das hipóteses diagnósticas
da VMER não constituem hipóteses de diagnósticos nosológicos
mas sim problemas e há uma tendência para o sobrediagnóstico. Os
problemas do sistema nervoso, circulatório e as lesões/Intoxicações
predominam na atuação da VMER, mas são os problemas respiratórios que resultam em pior prognóstico, recomendando que a VMER neles concentre maior atenção e preparação.
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Referências
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