Custos Diretos da Insuficiência Cardíaca na Região Autónoma da Madeira

Autores

  • Luís Ramos dos Santos Unidade Integrada de Insuficiência Cardíaca - UNIICA, Serviço de Medicina Interna, Serviço Regional de Saúde da Região Autónoma da Madeira – SESARAM EPERAM, Madeira, Portugal https://orcid.org/0000-0003-1777-0055
  • Ana Patrícia Marques Escola Nacional de Saúde Pública, ENSP, Centro de Investigação em Saúde Pública, CISP, Comprehensive Health Research Center, CHRC, Universidade NOVA de Lisboa, Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0001-8242-7021
  • Sílvia Lopes Escola Nacional de Saúde Pública, ENSP, Centro de Investigação em Saúde Pública, CISP, Comprehensive Health Research Center, CHRC, Universidade NOVA de Lisboa, Lisboa, Portugall https://orcid.org/0000-0002-6048-396X

DOI:

https://doi.org/10.24950/rspmi.1778

Palavras-chave:

Custo da Doença, Despesas de Saúde, Ilha da Madeira, Insuficiência Cardíaca/economia, Portugal

Resumo

Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é um problema
global de saúde pública. Desconhece-se o impacto económico da IC na Região Autónoma da Madeira (RAM) pelo que é fundamental caracterizar a sua prevalência, perfil de utilização de recursos e custos associados.
O nosso objetivo foi estimar os custos diretos da insuficiência cardíaca na Região Autónoma da Madeira.

Métodos: Estudo custo-doença, baseado em prevalência,
relativo ao ano 2014, e analisado na perspetiva do sistema de saúde regional. Os internamentos e a utilização da urgência foram identificados pela International Classification of Diseases 9th edition Clinical Modification (ICD-9CM). O número de consultas, exames e medicação foi estimado a partir da literatura. Os custos foram baseados na tabela de preços dos Grupos de Diagnósticos Homogéneos e na tabela de preços do Sistema Regional de Saúde.

Resultados: Estimou-se uma prevalência de 4,93% (9201
indivíduos) para uma população com idade superior a 25
anos. Destes, 4140 sintomáticos e, portanto, consumidores
de recursos. Identificaram-se 426 internamentos por IC, 17
305 consultas médicas de cuidados de saúde primários, 857
episódios de urgência e 6707 consultas médicas hospitalares. O custo direto total foi €4 089 540,10. O custo em cuidados hospitalares (CH) foi a principal rubrica de custos (56%), seguido dos cuidados de saúde primários (23%) e consumo de medicamentos (20%). O custo médio anual por doente foi €987,81.

Conclusão: O custo direto total corresponde a 0,1% do
produto interno bruto da RAM e 1,2% da despesa da saúde
da RAM para o ano de referência. Estes resultados fornecem informação até aqui desconhecida e poderão auxiliar na implementação de modelos e estruturas que promovam a redução das hospitalizações, principal motor de custos diretos.

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Publicado

18-09-2024

Como Citar

1.
Ramos dos Santos L, Marques AP, Lopes S. Custos Diretos da Insuficiência Cardíaca na Região Autónoma da Madeira. RPMI [Internet]. 18 de Setembro de 2024 [citado 23 de Novembro de 2024];(XX). Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1778