Mordedura de víbora – situação potencialmente grave
Palavras-chave:
Mordedura de víbora, Vipera latastei, complicações, terapêuticaResumo
Na Europa, o número de pessoas vítimas de mordedura por víboras venenosas é baixo, comparativamente aos países tropicais.
Em Portugal, existem duas espécies – a Vipera seoanei e a Vipera
latastei, as quais podem ser encontradas particularmente nas
Serras do Gerês, de Monchique, Amarela e de Sintra, no Vale do Guadiana e na Tapada de Mafra.
Os autores apresentam o caso clínico de um doente de 26
anos, mordido por uma víbora da espécie Vipera latastei, na
Serra do Gerês. À admissão hospitalar apresentava critérios de
gravidade moderada, nomeadamente membro superior direito
com edema, equimose e bolha hemorrágica no polegar, associado
a alterações laboratoriais compatíveis com insuficiência renal
aguda, rabdomiólise e coagulopatia de consumo. Ultrapassada
a “janela” para a administração do antiveneno, foi realizada
terapêutica sintomática. Observou-se boa evolução clínica e
laboratorial, tendo alta ao 10º dia de internamento hospitalar.
A identificação da mordedura de víbora e suas complicações, o
tratamento e a indicação para administração de antiveneno são
aspectos abordados neste artigo.
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