Mordedura de víbora – situação potencialmente grave

Autores

  • Maria João Marta Interna do Complementar de Medicina Interna do Hospital de Santa Maria; Assistente Livre da Cadeira de Genética da Faculdade de Medicina de Lisboa
  • João Santos Silva Interno do Complementar de Medicina Interna do Hospital de Santa Maria
  • Anabela Oliveira Assistente Hospitalar de Medicina Interna do Hospital de Santa Maria; Assistente Convidada da Cadeira de Medicina III da Faculdade de Medicina de Lisboa
  • J. A. Saavedra Chefe de Serviço do Hospital de Santa Maria; Assistente Convidado da Cadeira de Medicina III da Faculdade de Medicina de Lisboa

Palavras-chave:

Mordedura de víbora, Vipera latastei, complicações, terapêutica

Resumo

Na Europa, o número de pessoas vítimas de mordedura por víboras venenosas é baixo, comparativamente aos países tropicais.
Em Portugal, existem duas espécies – a Vipera seoanei e a Vipera
latastei, as quais podem ser encontradas particularmente nas
Serras do Gerês, de Monchique, Amarela e de Sintra, no Vale do Guadiana e na Tapada de Mafra.
Os autores apresentam o caso clínico de um doente de 26
anos, mordido por uma víbora da espécie Vipera latastei, na
Serra do Gerês. À admissão hospitalar apresentava critérios de
gravidade moderada, nomeadamente membro superior direito
com edema, equimose e bolha hemorrágica no polegar, associado
a alterações laboratoriais compatíveis com insuficiência renal
aguda, rabdomiólise e coagulopatia de consumo. Ultrapassada
a “janela” para a administração do antiveneno, foi realizada
terapêutica sintomática. Observou-se boa evolução clínica e
laboratorial, tendo alta ao 10º dia de internamento hospitalar.
A identificação da mordedura de víbora e suas complicações, o
tratamento e a indicação para administração de antiveneno são
aspectos abordados neste artigo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

WHO Weekly. Epidemiological record 2001; 76: 38.

Gold BS et al. Bites of venomous snakes. N Engl J Med 2002; 347 (5): 347-356.

Jose Curt, Pedro Galán. Esos anfibios e reptiles gallegos. Editorial Galicia Viva. 1982. Galicia

Atlas de vertebrados da Galicia. Tomo I. 1995. Sociedade Galega de História Natural.

Silvio Bruno, Stefano Maugeri. Guia de las serpientes da Europa. Ediciones Omega. 1992. Barcelona.

Recomendações para o tratamento da mordedura de víbora. Departamento de Sanidade e Segurança Social da Catalunha. Gencat. hrrp://www.gencat.net/salut/depsan/units/sanitat/html/ca/vacances/serum.htm.

Bawaskar HS, Bawaskar PH. Profile of snake bite envenoming in Western Maharashtra, India. Trans R Soc Trop Med Hyg 2002; 96: 79-84.

Polo JM et al. Aphasia in a farmer following viper bite. Lancet 2002; 359: 2164.

Bawaskar HS, Bawasker PH. Correspondence. Aphasia in a farmer following viper bite. Lancet 2002; 360:1703.

Murthy JMK et al. Cerebral infarction after envenomation by viper. J Comput Assist Tomogr 1997; 21: 35-37.

Lee BC et al. Brainstem infarction following Korean viper bite. Neurol 2001; 56: 1244-1245.

Panicker JN, Madhusudanan S. Cerebral infarction in a young male following viper envenomation. J Assoc Physicians India 2000; 48: 744-745.

Warrell DA. WHO/SEARO guidelines for the clinical management of snake bites in the southeast asian region. Southeast Asian J Trop Med Public Health 1999; 30 (suppl): 1-84.

Omori Satoh T et al. Inhibition of hemorrhagic activities of various snake venoms by purified antihemorrhagic factor obtained from Japanese Habu snake. Toxicon 1994; 32 (3): 365-368.

Omori Satoh T et al. Muscle extract of hedgehog, Erinaceus europaeus, inhibits hemorrhagic activity of snake venous. Toxicon 1994; 32 (10): 1279-1281

Ficheiros Adicionais

Publicado

30-09-2005

Como Citar

1.
Marta MJ, Santos Silva J, Oliveira A, Saavedra JA. Mordedura de víbora – situação potencialmente grave . RPMI [Internet]. 30 de Setembro de 2005 [citado 29 de Março de 2024];12(3):148-53. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1693

Edição

Secção

Casos Clínicos

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)