Púrpura trombocitopénica idiopática do adulto: abordagem terapêutica. Análise de 30 casos (1991-1995) com breve revisão da literatura

Autores

  • Alba J. Acabado Interna do Internato Complementar de Medicina Interna, Serviço de Medicina I do Hospital de Santa Maria, Lisboa
  • Alice Frazão Interna do Internato Complementar de Medicina Interna, Serviço de Medicina I do Hospital de Santa Maria, Lisboa
  • Anabela Oliveira Assistente Eventual de Medicina Interna, Serviço de Medicina I do Hospital de Santa Maria, Lisboa
  • J. Braz Nogueira Chefe de Serviço de Medicina interna, Serviço de Medicina I do Hospital de Santa Maria, Lisboa

Palavras-chave:

purpura trombocitopénica idi­opática do adulto, terapêutica, respostas, evo­lução

Resumo

Objectivo: Avaliar os aspectos epidemiológicos, abordagens te­rapêuticas, respostas e evolução de doentes com pútpura trombocitopénica idiopática, (PTI) do adulto.

Dontes e métodos: Estudo retrospectivo de doentes internados num Ser­viço de Medicina lnterna, no período entre 1990 e 1995, com o diagnóstico de PTI do adulto.

Definiu-se como remissão completa uma contagem de plaquetas >150000/mm3; remissão completa contiínua como manutenção de contagem de plaquetas den­tro do normal sem terapêutica, por um período superi­or a 2 meses; remissão parcial, contagens de plaque­tas >50000 <150000/mm3; de resposta, uma contagem de plaquetas <50000/mm3.

Resultados: Entre o período de 1990e 1995 foram internados 30 doentes com o diagnóstico de Prl; 23 do sexo feminino e 7 do masculino; a idade média foi de 49,5 anos. Todos os doentes efectuaram carticoterapia; 9 tiveram remis­são completa, 4 estão em remissão completa contín ua; 15tiveram remissão parcial, e em 6 não houve resposta. Catorze doentes fizeram gamaglobulina endovenosa, verificanso-se uma remissão completa, 9 remissões parciais e em 4 não houve resposta. A esplenectomia foi efectuada em 4 doentes, obtendo-se em 2 remissão completa, des­conhecendo-se a resposta nos outros dois. Em 4 doen­tes fez-se azatioprina, obtendo-se em 3 remissão parcial e uma ausência de resposta. Dois doentes fize­ram danazol sem resposta. Dos 30 doentes estudados por um período médio de 2 anos, 13 tive­ram uma evolução crónica, 4 estão em remissão completa sem terapêutica, 1 faleceu e 12 doentes foram referenciados para o médico assistente.

Conclusões: corticoterapia, é a abordagem terapêutica mais efi­caz no tratamento da PTI, com remissões completas de 30% no nosso estudo. Cerca de 43% dos doentes ti­veram uma evolução crónica, o que está, de acordo com a literatura.

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Ficheiros Adicionais

Publicado

31-12-1997

Como Citar

1.
Acabado AJ, Frazão A, Oliveira A, Braz Nogueira J. Púrpura trombocitopénica idiopática do adulto: abordagem terapêutica. Análise de 30 casos (1991-1995) com breve revisão da literatura . RPMI [Internet]. 31 de Dezembro de 1997 [citado 17 de Novembro de 2024];4(4):235-40. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2245

Edição

Secção

Artigos Originais