Fibrinólise num Hospital Distrital: Desempenho dos Dois Primeiros Anos
DOI:
https://doi.org/10.24950/rspmi/O/133/18/2/2019Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral/tratamento, Factores de Tempo, Fibrinólise, Hospitais Distritais, Isquémia Cerebral/tratamentoResumo
Introdução: A fibrinólise constitui uma das terapêuticas do
acidente vascular cerebral (AVC) isquémico e a sua precocidade relaciona-se com o prognóstico. Neste trabalho
analisámos os tempos de atuação na Via Verde do AVC dos
doentes submetidos a fibrinólise, comparando os dois primeiros anos de uma Unidade AVC tipo B.
Material e Métodos: Estudo prospetivo e observacional. Dados de 1 de julho de 2015 a 30 de junho de 2017. Realizada
análise descritiva e inferencial. A análise comparativa incluiu
os tempos porta-médico (da admissão no serviço de urgência, à avaliação clínica), porta-TC (da admissão no serviço
de urgência à realização da tomografia computorizada- TC
crânio-encefálica- CE) e porta-agulha (da admissão no serviço de urgência ao início da fibrinólise).
Resultados: Foram realizadas 38 fibrinólises. A análise inferencial não revelou diferenças estatisticamente significativas. A mediana dos tempos porta-médico (00h06m no
primeiro ano versus 00h07m no segundo ano) e porta-TC
(00h32m no primeiro ano versus 00h31m no segundo ano)
foram semelhantes nos dois anos. O tempo porta-agulha
melhorou no segundo ano (mediana 1h15m versus mediana
00h52m).
Discussão: Verificámos melhoria do tempo porta-agulha no
segundo ano, cumprindo, na maioria dos casos, os tempos
recomendados pelo National Institute of Neurological Disorders and Stroke (NINDS). O tempo porta-TC não cumpre as
recomendações do NINDS em nenhum dos anos.
Conclusão: No segundo ano melhorou-se o desempenho.
Serão implementadas medidas para reduzir o tempo porta-
-TC.
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Referências
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