Pneumonias Pneumocócicas e Pneumonias por Influenza A: Estudo Comparativo

Autores

  • Sara Fonseca Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal
  • Ana Barbosa Serviço de Cardiologia, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia -Espinho, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Zuzana Melnikova Serviço de Patologia Clínica, Centro Hospitalar do Porto, Portugal
  • Cláudia Silva Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal
  • Sónia Silva Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de São João, Porto, Portugal
  • Valquíria Alves Serviço de Microbiologia, Hospital Pedro Hispano, Matosinhos, Portugal
  • J. Vasco Barreto Serviço de Medicina Interna, Hospital Pedro Hispano, Matosinhos, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.24950/rspmi.731

Palavras-chave:

Infecções Pneumocócicas, Pneumonia Viral, Streptococcus pneumoniae, Vírus da Influenza A Subtipo H1N1

Resumo

Introdução: A pneumonia é uma infecção do parênquima pulmonar.
O agente classicamente considerado mais frequente é
o Streptococcus pneumoniae, contudo, o vírus influenza é também
comum e associa-se a doença grave. A etiologia vírica da
pneumonia é subdiagnosticada. Comparámos as pneumonias
por Streptococcus pneumoniae e por influenza A do ponto de
vista das características dos doentes, dados laboratoriais e radiológicos,
gravidade na admissão e evolução.
Métodos: Análise retrospectiva de dados clínicos e epidemiológicos
dos doentes internados entre 1 de Outubro de 2013 e
31 de Março de 2014 num Hospital de dimensão média, com
pneumonia por Streptococcus pneumoniae e/ou influenza A
confirmada.
Resultados: Identificados 40 casos de pneumonia por Streptococcus
pneumoniae e 40 por influenza A. No grupo da pneumonia
vírica a idade média foi 65,8 anos (vs 74,6 (p = 0,017)). Os
doentes com pneumonia pneumocócica apresentavam índice
de comorbilidades de Charlson superior (mediana 7 vs 4; p <
0,001), CURB-65 mais alto (p = 0,001) e leucócitos (15 273 vs
9656/μL; p < 0.001) e proteína C reactiva na admissão (191 vs
115 mg/L; p = 0,014) superiores. Nos casos víricos houve maior
necessidade de escalar cuidados (43% vs 18%, p = 0,015), sem
diferença significativa na mortalidade intra-hospitalar.
Conclusões: Obtivemos igual número de doentes em cada
grupo, o que revela prevalência de influenza superior à que
habitualmente esperamos. Comparativamente aos doentes
com pneumonia pneumocócica, os doentes com pneumonia
vírica apresentavam idade menor e índice de comorbilidades
tendencialmente mais baixo; na admissão apresentavam parâmetros
inflamatórios e CURB-65 inferiores; a necessidade de
escalar cuidados foi maior, contudo a mortalidade não foi significativamente
diferente.

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Referências

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Ficheiros Adicionais

Publicado

30-06-2017

Como Citar

1.
Fonseca S, Barbosa A, Melnikova Z, Silva C, Silva S, Alves V, Barreto JV. Pneumonias Pneumocócicas e Pneumonias por Influenza A: Estudo Comparativo. RPMI [Internet]. 30 de Junho de 2017 [citado 18 de Dezembro de 2024];24(2):106-11. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/731

Edição

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