Atividade dos Serviços de Urgência Hospitalares

Autores

  • Maria da Luz Brazão Serviço de Medicina Interna, Hospital Central do Funchal, Funchal, Portugal
  • Sofia Nóbrega Serviço de Medicina Interna, Hospital Central do Funchal, Funchal, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.24950/rspmi.814

Palavras-chave:

Acesso aos Serviços de Saúde, Qualidade da Assistência à Saúde, Serviço de Urgência Hospitalar

Resumo

O serviço de urgência é, muitas das vezes, a linha da frente
no que diz respeito ao contato do doente com o serviço de
saúde, verificando-se uma afluência crescente e um aumento
das exigências de qualidade a par da necessidade da redução
de custos.
A implementação de estratégias em prol da sustentabilidade
do sistema não se pode focar apenas na contenção de
custos per si. Há, necessariamente, que entender o conjunto,
do ponto de vista do utente que o procura, com todas as suas
expetativas e emoções, de acordo com as suas condições de
acessibilidade físicas e económicas; e do ponto de vista do
profissional de saúde, como elemento de equipa de trabalho
multidisciplinar, num domínio dinâmico em constante permuta,
com ambições e frustrações, sujeito a pressões, a conflitos e
à necessidade de uma comunicação permanente, universal e
eficaz. Todo o sistema está ainda sujeito à política dos seus
gestores, que devem ter um papel proativo e não reativo, assumindo
as suas inseguranças perante esta porta de entrada
hospitalar de difícil controlo.
Qualquer intervenção neste campo tem sempre que ter em
consideração a implantação física dos serviços de urgência,
acessibilidade, capacidade de resposta em situações críticas
e condições de trabalho, pilares que vão determinar o nível de
cuidados lá prestados e consequente procura.
Neste ambiente caótico, é fundamental uma boa liderança,
em que o líder não se limita a ser exemplo de caráter, respeito
e justiça, mas é também um gestor e um comunicador, que cria
condições a uma aprendizagem adaptativa e expansiva, que
possa contribuir para a melhoria da prestação de cuidados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Dyas SR, Greenfield E, Messimer S, Thotakura S, Gholston S, Doughty T, et al. Process-Improvement Cost Model for the Emergency Department. J Healthcare Manag. 2015; 60: 442-58.

Kee R, Knott JC, Dreyfus S, Lederman R, Milton S, Joe K. One hundred tasks an hour: An observational study of emergency department consultant activities. Emerg Med Austr. 2012; 24: 294-302.

Gedmintas A, Bost N, Keijzers G, Green D, Lind J. Emergency care workload units: A novel tool to compare emergency department activity. Emerg Med Austr. 2010; 22: 442-8.

Limbourn S, Celenza A. Patient perceptions of caring and association with emergency department activity and access block. Emerg Med Austr. 2011; 23: 169-80.

Seow E. Leading and managing an emergency department – A personal view. J Acute Med. 2013; 3: 61-6.

Qin H, Prybutok V. A quantitative model for patient behavioural decisions in the urgent care industry. Socio-Econ Plann Sc. 2013; 47: 50-64.

Land L, Meredith N. An evaluation of the reasons why patients attend a hospital Emergency department. Int Emerg Nurs. 2013; 21: 35-41.

Lobachova L, Brown D, Sinclair J, Chang Y, Thielker K, Nagurney J. Patient and provider perceptions of why patients seek care in emergency departments. J Emerg Med. 2014; 46: 104-12.

Wise S, Fry M, Duffield C, Roche M, Buchanan J. Ratios and nurse staffing: The vexed case of emergency departments. Australasian Emerg Nurs J. 2015; 18: 49-55.

Manias E, Gerdtz M, Williams A, Dooley M. Complexities of medicines safety: communicating about managing medicines at transition points of care across emergency departments and medical wards. J Clin Nurs. 2014; 24: 69-80.

Garmel GM. Conflict Resolution in Emergency Medicine. Section XXI, Chapter 209. In: Adams JG, Barton ED, Collings J, DeBlieux PM, Gisondi MA, Nadel ES, editors. Emergency Medicine, Clinical Essentials. London; Saunders; 2012.p. 1743-8.

Almeida PJS, Pires DEP. O trabalho em emergência: entre o prazer e o sofrimento. Rev Eletr Enf. 2007; 9: 617-29.

Dubeux LS, Freese E, Reis YC. Avaliação dos serviços de urgência e emergência da rede hospitalar de referência no Nordeste brasileiro. Cad Saúde Pública. 2010; 26: 1508-18.

Garlet ER, Lima MS, Santos JL, Marques GQ. Organização do trabalho de uma equipe de saúde no atendimento ao usuário em situações de urgência e emergência. Texto Contexto Enferm. 2009; 18: 266-72.

Andrade LM, Caetano JA, Soares E. Percepção das enfermeiras sobre a unidade de emergência. Rev RENE. 2000; 1: 91-7.

Ramos P, Almeida A. The impact of an increase in user costs on the demand for emergency services: the case of Portuguese Hospitals. Health Econ.2015 (in press)

Vaz S, Ramos P, Santana P. Distance effects on the accessibility to emergency departments in Portugal. Saúde Soc. 2014; 23: 1154-61.

Bohan JS. Leadership and Emergency Medicine. Section XXI, Chapter 207. In: Adams JG, Barton ED, Collings J, DeBlieux PMC, Gisondi MA, Nadel ES, editors. Emergency Medicine, Clinical Essentials. London: Saunders; 2012.p. 1727-30.

Couser G. Teaching medical students in emergency departments: time to reinvent a core activity. Emerg Med Austr. 2015; 27: 69-71.

Brazão ML, Nóbrega S, Correia JP, Silva AS, Santos D, Monteiro MH. Simulação Clínica: Uma Forma de Inovar em Saúde. Rev Soc Port Med Int. 2015; 22: 146-55.

Gustavsson M, Ekberg K. Learning to promote health at an emergency care department: identifying expansive and restrictive conditions. Stud Contin Educ. 2015; 37: 1: 18-9.

Ficheiros Adicionais

Publicado

30-09-2016

Como Citar

1.
Brazão M da L, Nóbrega S. Atividade dos Serviços de Urgência Hospitalares. RPMI [Internet]. 30 de Setembro de 2016 [citado 19 de Abril de 2024];23(3):8-14. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/814

Edição

Secção

Artigo de Opinião

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2