Simulação Clínica: Uma Forma de Inovar em Saúde

Autores

  • Maria da Luz Brazão Serviço de Medicina Interna do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, Funchal, Portugal
  • Sofia Nóbrega Serviço de Medicina Interna do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, Funchal, Portugal
  • João Paulo Correia Serviço de Medicina Interna do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, Funchal, Portugal
  • Ana Sofia Silva Serviço de Medicina Interna do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, Funchal, Portugal
  • Dina Santos Serviço de Medicina Interna do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, Funchal, Portugal
  • Maria Helena Monteiro Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.24950/rspmi.944

Palavras-chave:

Ensino Médico, Inovação Organizacional, Simulação por Computador, Medicina Interna

Resumo

Introdução: A inovação tecnológica e científica tem tido um papel
fundamental no progresso do sistema de saúde em Portugal, surgindo como estratégia de gestão e impulso das organizações, de
forma a assegurar a sua vantagem competitiva. Como forma de inovação em saúde surge a simulação, revolucionando o ensino médico e o treino de profissionais e equipas de
saúde. É atualmente o gold standard da formação, com uma importância crescente na literatura.
Objectivos e Métodos: Por tudo isto, os autores descrevem o projeto e a implementação do Centro de Simulação Clínica da Madeira. Inaugurado em setembro de 2012, realizou já, desde a sua
abertura, 74 cursos transversais às várias especialidades e voltados para o treino em ambientes críticos e complexos.
Resultados: Nesses cursos incluem-se, desde 2014, nove Cursos de Simulação Clínica em Medicina Interna, organizados pelo
correspondente serviço de Medicina Interna e coordenados pela primeira autora deste artigo. Estes cursos, dirigidos a um total de
58 profissionais de saúde, abordam casos clínicos em contexto de
urgência, explorados em cenários com simuladores de alta-fidelidade e recorrendo a estratégias de debriefing como forma de melhoria através da prática reflexiva e com a orientação do formador.
Conclusões: Analisando os Cursos de Simulação Clínica em Medicina Interna, os autores constataram um elevado índice de satisfação entre os formandos, quer relativamente ao curso em si, quer
à sua implicação prática, com cerca de 90% a classificá-lo como
“Muito Bom” em termos de desenvolvimento pessoal. A maioria
dos formandos (75,9%) considerou a duração do curso adequada
e apresentou elevado índice de satisfação com as estruturas/material de apoio e com a prestação dos formadores.

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Referências

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Ficheiros Adicionais

Publicado

30-09-2015

Como Citar

1.
Brazão M da L, Nóbrega S, Correia JP, Silva AS, Santos D, Monteiro MH. Simulação Clínica: Uma Forma de Inovar em Saúde. RPMI [Internet]. 30 de Setembro de 2015 [citado 18 de Dezembro de 2024];22(3):146-55. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/944

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