Atividade dos Serviços de Urgência Hospitalares
DOI:
https://doi.org/10.24950/rspmi.814Palavras-chave:
Acesso aos Serviços de Saúde, Qualidade da Assistência à Saúde, Serviço de Urgência HospitalarResumo
O serviço de urgência é, muitas das vezes, a linha da frente
no que diz respeito ao contato do doente com o serviço de
saúde, verificando-se uma afluência crescente e um aumento
das exigências de qualidade a par da necessidade da redução
de custos.
A implementação de estratégias em prol da sustentabilidade
do sistema não se pode focar apenas na contenção de
custos per si. Há, necessariamente, que entender o conjunto,
do ponto de vista do utente que o procura, com todas as suas
expetativas e emoções, de acordo com as suas condições de
acessibilidade físicas e económicas; e do ponto de vista do
profissional de saúde, como elemento de equipa de trabalho
multidisciplinar, num domínio dinâmico em constante permuta,
com ambições e frustrações, sujeito a pressões, a conflitos e
à necessidade de uma comunicação permanente, universal e
eficaz. Todo o sistema está ainda sujeito à política dos seus
gestores, que devem ter um papel proativo e não reativo, assumindo
as suas inseguranças perante esta porta de entrada
hospitalar de difícil controlo.
Qualquer intervenção neste campo tem sempre que ter em
consideração a implantação física dos serviços de urgência,
acessibilidade, capacidade de resposta em situações críticas
e condições de trabalho, pilares que vão determinar o nível de
cuidados lá prestados e consequente procura.
Neste ambiente caótico, é fundamental uma boa liderança,
em que o líder não se limita a ser exemplo de caráter, respeito
e justiça, mas é também um gestor e um comunicador, que cria
condições a uma aprendizagem adaptativa e expansiva, que
possa contribuir para a melhoria da prestação de cuidados.
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