Coronamellitus: Uma Pandemia Infecto-Metabólica

Autores

  • Rui Marques Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Viseu, Portugal https://orcid.org/0000-0001-7012-3928
  • Daniel Aparício Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Viseu, Portugal
  • Inês Cunha Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Viseu, Portugal https://orcid.org/0000-0001-6111-7008
  • Inês Bagnari Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Viseu, Portugal https://orcid.org/0000-0002-8534-2477
  • Andreia Lopes Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Viseu, Portugal https://orcid.org/0000-0003-3517-1718
  • Ana Lemos Serviço de Medicina Interna, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Viseu, Portugal
  • Miguel Sequeira Serviço de Urgência, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Viseu, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.24950/O/119/20/3/2020

Palavras-chave:

COVID-19, Diabetes Mellitus, Infecções por Coronavírus

Resumo

Introdução: Existem diferenças consideráveis de mortalidade pela infeção SARS-CoV-2. A idade avançada e comorbilidades, como a diabetes mellitus, têm-se associado a pior prognóstico. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da diabetes e controlo metabólico, à admissão em Serviço de Urgência, em doentes com COVID-19 com critérios de internamento.

Métodos: Foram consultados os dados clínicos à admissão no SU dos doentes internados com COVID-19 no Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV). Os dados incluíram o perfil inflamatório, metabólico, antecedentes pessoais e medicação crónica.

Resultados: Foram incluídos 89 doentes, 38,2% mulheres e 61,8% homens com idade média de 73,23 anos ± 16,26. Dos doentes, 29,2% d apresentavam diagnóstico prévio de diabetes, 53,4% hipertensão arterial e 29,5% insuficiência cardíaca. A mortalidade global foi de 14,6%, 7,86% dos doentes foram admitidos em Unidade de Cuidados Intensivos e não se encontraram diferenças significativas entre os grupos (diabéticos versus não diabéticos). A hemoglobina A1c (HbA1C) média foi de 6,96% e os valores de glicémia encontraram-se positiva e significativamente correlacionados com os valores de lactato, proteína C reativa e leucócitos.

Conclusão: Os valores mais altos de glicémia à entrada parecem estar associados a estados inflamatórios mais graves, podendo ainda explicar parte da variância dos valores de lactato e leucócitos. Os doentes diabéticos da amostra apresentavam bom controlo metabólico o que pode justificar a ausência de diferenças significativas na gravidade e mortalidade entre os grupos.

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Publicado

30-09-2021

Como Citar

1.
Marques R, Aparício D, Cunha I, Bagnari I, Lopes A, Lemos A, Sequeira M. Coronamellitus: Uma Pandemia Infecto-Metabólica. RPMI [Internet]. 30 de Setembro de 2021 [citado 17 de Dezembro de 2024];27(3):236-40. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/120

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