Artrite Séptica não Gonocócica no Adulto
DOI:
https://doi.org/10.24950/rspmi.914Palavras-chave:
Artrite Infecciosa/diagnóstico, Artrite Infecciosa/etiologia, Artrite Infecciosa/microbiologia, Artrite Infecciosa/tratamentoResumo
A artrite séptica (AS) é uma emergência reumatológica rara
associada a grande morbilidade e mortalidade. O prognóstico
funcional da articulação envolvida e a sobrevida do doente dependem particularmente do reconhecimento precoce e do início
atempado da terapêutica adequada. Apesar do desenvolvimento e disponibilidade de vários meios laboratoriais e imagiológicos, a suspeição clínica continua a ser o fator mais importante
para o diagnóstico desta entidade. A terapêutica iniciada empiricamente baseia-se em fatores de risco relacionados com o
doente e no resultado da avaliação do gram da amostra de líquido sinovial colhido. O diagnóstico definitivo é feito depois do
isolamento do agente patogénico no líquido sinovial. O agente
mais frequentemente isolado é o Staphylococcus aureus e, nos
últimos anos, tem-se assistido ao aumento do número de casos
da estirpe resistente à meticilina. Considerando a ausência de
estudos controlados e randomizados em relação à abordagem
diagnóstica e terapêutica desta entidade nosológica, a maioria
das orientações publicadas são baseadas em consensos de peritos. Reforçando o papel do diagnóstico atempado na redução
de morbimortalidade da AS, os autores consideram relevante a
revisão desta entidade em relação ao diagnóstico clínico, valorização de exames complementares de diagnóstico, estratégia
terapêutica e abordagem de complicações. Para esta revisão
interessará apenas a AS não gonocócica no doente adulto.
Downloads
Referências
Mathews CJ, Weston VC, Jones A, Field M, Coakley G. Bacterial septic arthritis in adults. Lancet. 2010;375:846-55.
García-Arias M, Balsa A, Mola EM. Septic arthritis. 2011;25:407-21.
Mathews CJ, Coakley G. Septic arthritis: current diagnostic and therapeutic algorithm. Curr Opin Rheumatol. 2008;20:457-62.
Shirtliff ME, Mader JT. Acute septic arthritis. Clin Microbiol Rev. 2002;15:527-44.
Margaretten ME, Kohlwes J, Moore D, Bent S. Does this adult patient have septic arthritis? JAMA. 2007;297(13):1478-88.
Ross JJ, Shamsuddin H. Sternoclavicular septic arthritis: review of 180 cases. Medicine. 2004;83:139-48
Gavet F, Tournadre A, Soubrier M, Ristori JM, Dubost JJ. Septic arthritis in patients aged 80 and older: a comparison with younger adults. J Am Geriatr Soc. 2005;53:1210-13.
David MZ, Daum RS. Community-associated methicillin resistant Staphylococcus aureus: epidemiology and clinical consequences of an emerging epidemic. Clin Microbiol Rev. 2010;23:616-87.
Sharff KA, Richards EP, Townes JM. Clinical management of septic arthritis. Curr Rheumatol Rep. 2013;15:332.
Fangtham M, Baer AN. Methicillin-resistant Staphylococcus aureus arthritis in adults: case report and review of the literature.
Semin Arthritis Rheum. 41:604-610.
Melo-Cristino J, Resina C, Manuel V, Lito L, Ralirez M. First case of infection with vancomycin-resistant Staphylococcus aureus in
Europe. Lancet. 2013;382:205.
Horowitz DL, Katzap E, Horowitz S, Barilla-LaBarca ML. Approach to septic arthritis. Am Fam Physician. 2011;84:653-60.
Mathews CJ, Kingsley G, Field M, Jones A, Weston VC, Phillips M, et al. Management of septic arthritis: a systematic review. Ann
Rheum Dis. 2007;66:440-45.
Valtueña JMP, Ara JRY. La Clínica y el Laboratorio. 21ª ed. Madrid: Elsevier Masson;2010.
Carpenter CR, Schuur JD, Everett WW, Pines JM. Evidence-based diagnostics: adult septic arthritis. Acad Emerg Med.
;18:782-96.
Gomez C, Carrillo C. Recogida, transporte y processamento general de las mustras na el laboratório de microbiologia [Internet].
Disponível em:http://www.seimc.org/contenidos/documentoscientificos/procedimientosmicrobiologia/seimc-procedimientomicrobiologia1a.pdf
Gallucci F, Esposito P, Carnovale A, Madrid E, Russo R, Uomo G. Primary sternoclavicular septic arthritis in patients without predisposing risk factors. Adv Med Sci. 2007;52:125-8.
Womack J. Septic arthritis of the sternoclavicular joint. J Am Board Fam Med. 2012;25:908-12.
Dutronc H, Bocquentin F, Dupon M. Radiographic diagnosis in bone and joint infection management. Med Mal Infect.
;34:257-63.
Goldenberg DL, Sexton DJ. Septic arthritis in the adults. In:UpToDate.[consultado em 18 Agosto 2014] Disponível em http://
www.uptodate.com/
Liu C, Bayer A, Cosgrove SE, Daum RS, Fridkin SK, Gorwitz RJ, et al. Clinical practice guidelines by the infectious diseases
society of America for the treatment of methicillin-resistant Staphylococcus aureus infections in adults and children. Clin Infect
Dis. 2011;52:285-92.
Manadan AM, Block JA. Daily needle aspiration versus surgical lavage for the treatment of bacterial septic arthritis in adults. Am
J Ther. 2004;11:412-5.
Zimmerli W, Trampuz A, Ochsner P. Prosthetic-joint infections. N Engl J Med. 2004;351:1645-54.
Odio CM, Ramirez T, Arias G, Abdelnour A, Hidalgo I, Herrera ML, et al. Double blind, randomized, placebo-controlled study
of dexamethasone therapy for hematogenous septic arthritis in children. Pediatr Infect Dis J. 2003;22:883-88
Ficheiros Adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Direitos de Autor (c) 2023 Medicina Interna
Acesso livre