Estudo Prospectivo de Colonização por Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina um Serviço de Medicina Interna: População, Factores de Risco e Implicações

Autores

  • Ana Sofia Carvalho Serviço de Medicina II, Hospital Egas Moniz, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Lisboa, Portugal
  • Filipa Brás Monteiro Serviço de Medicina II, Hospital Egas Moniz, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Lisboa, Portugal
  • Inês Cruz Serviço de Medicina II, Hospital Egas Moniz, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Lisboa, Portugal
  • Nuno Monteiro Serviço de Medicina II, Hospital Egas Moniz, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Lisboa, Portugal
  • Margarida Cardoso Serviço de Infecciologia, Hospital Egas Moniz, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Lisboa, Portugal
  • Rita Mendes Serviço de Medicina II, Hospital Egas Moniz, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Lisboa, Portugal
  • Alberto Mello e Silva Serviço de Medicina II, Hospital Egas Moniz, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.24950/rspmi/29/2017

Palavras-chave:

Departamentos Hospitalares, Infecção Hospitalar, Infecções Estafilocócicas, Medicina Interna, Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina

Resumo

Introdução: A infecção por Staphylococcus aureus meticilino- resistente (MRSA) é uma das infecções associadas aos cuidados de saúde mais importantes. Em 2014 surgiu uma Norma da Direcção-Geral da Saúde dirigida a esta problemática. Este trabalho visa quantificar os doentes com indicação para pesquisa de portador de MRSA, analisar os critérios, implicações e possíveis estratégias.
Material e Métodos: Recolha prospectiva de dados sobre os doentes admitidos num Serviço de Medicina em cinco semanas não consecutivas.
Resultados: A amostra inclui 224 doentes, maioritariamente do género feminino, com média de idades de 76 anos. A maioria (60,3%) apresentou indicação para rastreio, realizado em 39,3%; 28,3% foram positivos. Os critérios mais frequentes foram antibioterapia prévia (37,1%), internamento recente (32,1%) e transferência de uma instituição hospitalar (16,1%).
Discussão: Salienta-se a faixa etária avançada da população estudada, sendo que o factor idade parece influenciar
a probabilidade de indicação para rastreio. A maioria dos doentes apresentou indicação para a pesquisa de portador (60,3%), o que constitui uma mudança de práticas de grande envergadura. Assume grande relevância o elevado peso da antibioterapia nesta amostra (37,1%). Numa maioria de doentes com indicação, o rastreio não foi realizado, sendo necessário sensibilizar a equipa médica e de enfermagem.
Conclusão: É importante exigir boas práticas dos profissionais de saúde para a implementação de novas regras e garantir condições de funcionamento nos serviços para que as mesmas possam ser aplicadas. Torna-se crucial que as estratégias não sejam implementadas isoladamente. O cidadão deve cumprir a sua parte, nomeadamente evitando a toma de antibióticos injustificada.

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Ficheiros Adicionais

Publicado

29-09-2017

Como Citar

1.
Carvalho AS, Brás Monteiro F, Cruz I, Monteiro N, Cardoso M, Mendes R, Mello e Silva A. Estudo Prospectivo de Colonização por Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina um Serviço de Medicina Interna: População, Factores de Risco e Implicações. RPMI [Internet]. 29 de Setembro de 2017 [citado 4 de Novembro de 2024];24(3):208-16. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/712

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