O doente insuficiente renal do ponto de vista do internista - Abordagem clínica e laboratorial

Autores

  • Augusta Borges Interna do Internato Complementar de Medicina Interna, Serviço de Medicina I do Hospital de Egas Moniz, Lisboa
  • Teresa Aragão Assistente Hospitalar de Nefrologia, Nefromedicina do Hospital de Santa Cruz, Lisboa
  • Alberto Mello e Silva Assistente Hospitalar Graduado de Medicina Interna e Car­diologia, Serviço de Medicina I do Hospital de Egas Moniz, Lisboa
  • Fernando Borges Assistente Hospitalar de Medicina Interna e lnfecciologia, Serviço de Medicina I do Hospital de Egas Moniz, Lisboa
  • Luís Sousa Uva Director de Serviço, Serviço de Medicina I do Hospital de Egas Moniz, Lisboa

Palavras-chave:

doença sistémica, insuficiência renal aguda, insuficiência renal crónica, azote­mia

Resumo

A abordagem do insuficiente renal pelo inter­ nista é multif actoriaL A monitorização clínica e laboratorial do doente rena emcontexto de doença sistémica, deve ser efectuada de forma criteriosa, devendo estar-se atento à evolução muitas vezes irreversível para insuficiência re­ nal terminal, com recurso a terapêuticas subs­ titutivas da função rena nomeadamente a diá­ lise.

É importante estabelecer o diagnóstico diferen­cial entre os vários tipos de insuficiência renal distinguindo uma lesão renal primária da lesão secundária a uma doença sistémica, bem como uma insuficiência renal crónica terminal de uma insuficiência renal crónica agudizada ou agu­da. Uma história clínica cuidadosa, a análise de urina e a ecografia renal constituem os melho­res métodos não invasivos para uma abordagem preliminar. A inexistência de um diagnóstico eti­ológico e a necessidade de avaliação correcta do grau de disfunção renal são factores que po­dem fazer ponderar a realização de biópsia re­nal. Os aspectos clínicos mais relevantes no do­ ente insuficiente renal são resultantes da reten­ção de produtos nitrogenados, sal e água.

A boa articulação com o nefrologista é funda­menta nomeadamente para uma correcta pla­nificação de estratégias terapêuticas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brady HR, Brenner BM, Acute Renal Failure. ln: lsselhacher. Rrawnwald. Wilson. Martin. Fauci. Kasper. Harrison's Prin­ciples of Internal Medicine. New York. Me Graw-Hill, Inc. 236 1994 1265-1272.

Brenner BM, LazarusJM, Chronic Renal Failure. ln: Isselbacher. Brawnwald. Wilson. Martin. Fauci. Kasper. Harrison's Prin­ciples of Internal Medicine. New York. Me Graw-Hill, lnc. 237 1994: 1274-1281.

Cronin ER. The patient with Acute Azotemia. ln: Schrier RW. Manual of Nephrology. U.S.A. Little, Brown and Company 9 1994 1:17-151.

Alfrey AC. Chronic Renal Disease. ln: Schrier RW. Manual of Nephrology. U.S.A. Little, Brown and Company. 10. 1994: 152-160.

Morrison MD. Kidney. ln: Tierrey JR. MePhee SJ. Papadakis MA. Current Medical Diagnosis & Treatment. Connecticut. Appleton e Lange 20. 1995: 768-826.

Ponce P, Vinhas J, Silva J, Vaz A, Oliveira C, Carvalho 1, e al. Prevalência Hospitalar da Insuficiência Renal. Consequên­cias e reflexões para a planificação de Serviços de Nefro­logia. Acta Médica Portuguesa 1995; 8: 87-90.

Gaspar A. A I.R.A. por fármacos. ln: Boquinhas J. 3º Curso de Actualizaçào em Nefrologia. Lisboa. Serviço de Nefrologia do H. de Santa Cruz 199173-78.

WallachJ MD. Genitourinary Diseases. ln: Wallach JMD. lnter­pretation of Diagnostic Tests. New York. Little, Brown and Company 15. 1992: 555-607.

Ficheiros Adicionais

Publicado

30-06-1997

Como Citar

1.
Borges A, Aragão T, Mello e Silva A, Borges F, Sousa Uva L. O doente insuficiente renal do ponto de vista do internista - Abordagem clínica e laboratorial. RPMI [Internet]. 30 de Junho de 1997 [citado 5 de Maio de 2024];4(2):125-8. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2212

Edição

Secção

Comunicações Breves

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)