Seis casos de fasciolíase hepática

Autores

  • Susana Galretas Serviço de Medicina III dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Marta Laïz Serviço de Medicina III dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Adélia Simão Serviço de Medicina III dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Armando Carvalho Serviço de Medicina III dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Adriano Rodrigues Serviço de Medicina III dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Anabela Sá Serviço de Medicina III dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Arsénio Santos Serviço de Medicina III dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Rui Santos Serviço de Medicina III dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • J. A. P. da Silva Serviço de Medicina III dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Conceição Reis Serviço de Medicina III dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Eurico Almiro Serviço de Medicina III dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Armando Porto Director do Serviço de Medicina III dos H.U.C.; Professor Catedrático da Faculdade de Medicina de Coimbra

Palavras-chave:

fasciolíase hepática, diagnóstico, triclabendazol

Resumo

A fasciolíase hepática (FH) é uma doença infecciosa causada pelo tremátodo Fascíola
hepática, que parasita fundamentalmente os animais herbívoros. O ser humano é infectado
apenas ocasional e acidentalmente pela ingestão de plantas aquáticas com metacercárias
enquistadas. Revêem-se seis casos clínicos de FH, internados no Serviço de Medicina III dos
HUC, nos últimos 15 anos: quatro doentes do sexo masculino, dois do sexo feminino, com
idade média de 57 anos. O sintoma de apresentação mais frequente foi a dor abdominal e o sinal, a icterícia; as queixas duravam, em média, há 1,6 meses. Em quatro doentes, foi possível confirmar a ingestão recente de agriões. Todos
apresentavam eosinofilia e alteração das provas hepáticas. A ecografia e a TAC abdominais
sugeriam doença neoplásica em três doentes, o que dificultou o diagnóstico. Este baseou-se na positividade do exame parasitológico de fezes e ou da serologia. Concluiu-se pela cronicidade da doença em cinco doentes. Dos seis doentes,
cinco foram tratados com praziquantel; quatro não responderam e foram posteriormente medicados, dois com bithionol e dois com diidroemetina. O doente mais recentemente diagnosticado foi tratado com uma dose única de
triclabendazol.

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Publicado

31-12-2003

Como Citar

1.
Galretas S, Laïz M, Simão A, Carvalho A, Rodrigues A, Sá A, Santos A, Santos R, da Silva JAP, Reis C, Almiro E, Porto A. Seis casos de fasciolíase hepática. RPMI [Internet]. 31 de Dezembro de 2003 [citado 18 de Dezembro de 2024];10(4):185-92. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1828

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