Inibição da secreção ácida num Serviço de Medicina Interna

Autores

  • Tatiana Fonseca Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Vila Nova Gaia/Espinho
  • Daniela Lopes Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Vila Nova Gaia/Espinho
  • Patrícia Barreto Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Vila Nova Gaia/Espinho
  • Luís Andrade Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Vila Nova Gaia/Espinho
  • Cláudia Costa Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Vila Nova Gaia/Espinho
  • Vítor Paixão Dias Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar de Vila Nova Gaia/Espinho

Palavras-chave:

terapêutica de supressão ácida, utilização inadequada, indicações terapêuticas

Resumo

Introdução: A utilização de terapêutica de supressão ácida (TSA) para prevenção de úlcera de stress tem sido bem definida no
âmbito do doente crítico. Contudo, em doentes internados num serviço de Medicina Interna, não existe evidência para a sua utilização, além de patologia gastroesofágica ativa ou da gastropatia por anti-inflamatórios não esteróides.
O objetivo deste estudo foi determinar a frequência e motivo da
administração inadequada de TSA à admissão, no internamento
e à alta num serviço de Medicina Interna, bem como os custos
que daí advêm para o Serviço Nacional de Saúde.
Materiais e Métodos: Realizou-se um estudo retrospetivo dos doentes admitidos num serviço de Medicina Interna de 01 de
Janeiro a 30 de Junho de 2010. Os fármacos utilizados foram: Esomeprazol, Ranitidina e Sucralfato.
Resultados: Foram avaliados 511 doentes, com idade média
80,5 anos. À admissão, 31% dos doentes já utilizavam este tipo
de fármacos, dos quais 69% não tinham indicação. Durante o
internamento, 89% dos doentes foram medicados com este
grupo terapêutico, não apresentando indicação formal para a sua
administração em 76%. À alta, 48% dos doentes foram medicados com este tipo de fármacos, sendo que 67% não tinham
indicação. A utilização incorreta traduziu-se num aumento dos
custos por doente.
Conclusão: Os resultados estão em concordância com estudos
publicados, com alta frequência de prescrição inadequada destes
fármacos. Uma prescrição mais racional é fortemente recomendável, por forma a reduzir gastos desnecessários e a incidência
de efeitos secundários.

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Ficheiros Adicionais

Publicado

28-06-2013

Como Citar

1.
Fonseca T, Lopes D, Barreto P, Andrade L, Costa C, Paixão Dias V. Inibição da secreção ácida num Serviço de Medicina Interna. RPMI [Internet]. 28 de Junho de 2013 [citado 21 de Dezembro de 2024];20(2):61-7. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1071

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