Febre recorrente hispano-africana em Portugal: Escorço histórico e epidémico-clínico

Autores

  • J. A. David de Morais Chefe de Clínica de Medicina Interna (Hospital do Espírito Santo de Évora) e Professor Associado com agregação (Universidade de Évora)
  • I. Lopes de Carvalho Bolseira de Investigação Ricardo Jorge, Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
  • M. Sofia Núncio Investigadora Auxiliar, Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

Palavras-chave:

febre recorrente por borrélias, Borrelia hispanica, Ornithodorus erraticus, Portugal

Resumo

Neste trabalho, procedeu-se a uma revisão histórica, epidemiológica e clínica da febre recorrente endémica em Portugal Continental, analisando-se os aspectos mais pertinentes respeitantes
ao agente etiológico (Borrelia hispanica), vector, reservatórios,
casuística clínica e tratamento. Face ao isolamento recente em
alguns países de borrélias do complexo da febre recorrente em
carraças “duras” (Ixodidae) – quando os seus vectores habituais
são carraças “moles” (Argasidae) -, torna-se necessário investigar esta problemática também em Portugal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Goubau P. Fièvres récurrentes vues en Europe: épidémiologie, diagnostic, évolution et traitement. Revue du Praticien 1989; (15): 1304-1307.

Cambournac FJC, Roque RA, Rés JF. Relatório Sobre Febre Recorrente no Continente Português. Boletim dos Serviços de Saúde Pública 1954; 1 (1-4): 1-99 (separata).

Dias AC. Sobre a existência, em Portugal, do espiroqueta da febre recorrente de Espanha. Lisboa Médica 1933; 10 (7): 428-430.

Alberto de Faria J. Administração Sanitária. Lisboa: Direcção Geral de Saúde, 1934.

Dias AC. Sur la distribution au Portugal d’ “Ornithodorus erraticus”, agent de transmission de la fièvre récurrente hispano-africaine (Extrait des comptes rendus du XIIe Congrès Internacional de Zoologie – Lisbonne 1935). Lisboa: Casa Portuguesa, 1937.

Fonseca F, Lacerda (Filho) A, Pinto MR. Demonstração da existência da febre recorrente em Portugal (Estudo Clínico e Epidemiológico). Medicina Contemporânea 1942; 60 (19): 299-303.

Fonseca F, Pinto MR, Lacerda (Filho) A. Febre recorrente em Portugal. Medicina Contemporânea 1943; 61 (5): 78-80.

Leitão JA. Um novo caso de febre recorrente. Medicina Contemporânea 1944; 62 (3): 44-46.

Madeira F, Rocha V. O 3º caso português de febre recorrente. Amatus Lusitanus 1949; 7 (4): 183-189.

Rés JF. Nota acerca de dezanove casos de febre recorrente. Clínica Contemporânea 1950; 4 (5): 256-261.

Cambournac FJC, Soares AC, Roque RA, Rés JF, Queiroz SA. Contribuição para o estudo da febre recorrente no continente português. Anais Inst Med Trop 1953; 10 (3, fasc. 1): 645-654.

Rés JF. Febre recorrente mediterrânica. Médico; 1953; (97): 1-20 (separata).

Goubau PF. Fièvres récurrentes. Encycl Méd Chir, Maladies Infectieuses, 8039 P10, 9-1986: 1-6.

Burgdorfer W. Borrelia. In: Lennette EH et al, ed. Manual de Biologia Clínica, 4ª ed. Buenos Aires: Editorial Medica Panamericana, 1987: 600-606.

Caeiro VMP. As carraças em Portugal: seus hospedeiros domésticos e silvestres. Ciclos vitais, preferências de vegetação e de clima. Médico Veterinário 1992; 28: 7-25.

Caldeira B. Apontamentos sobre febre recorrente. Notícias Médicas, 20 de Novembro de 1981: 6, 8, 16.

Tendeiro J. A Sistemática das Carraças, Base dos Conhecimentos sobre Transmissão de Doenças. Ácaros de Interesse Económico dos Animais e das Plantas. Évora: I Encontro dos Técnicos da Região Sul, Universidade de Évora, 1980: 4.1-4.9.

Olmedo FF, Estrada-Peña A, Castellá J. Prevalencia de Ornithodorus erraticus en Extremadura. II Simpósio Ibérico sobre Ixodoidea e Enfermidades Transmitidas. Évora: Laboratório de Parasitologia da Universidade de Évora, 1993.

David de Morais JA. As borrelioses no sul do País. Perspectiva da Saúde Ambiental. Rev Port Doenç Infec 1991; 14 (2): 115-119.

Sergent A, Lévy H. Spirochetose hispano-africaine chez un homme piqué par une tique du chien (Rhipicephalus sanguineus). Bulletin de la Société de Pathologie Exotique 1935; 28. Citado por Cambournac et al, 1954.2

Goubau PF. Relapsing fevers. A review. Ann Soc Belge Méd Trop 1984; 64: 335-364.

Horremberg. Arch Inst Pasteur d’Algérie, 1936. Citado por Fonseca et al, 1942.6

Dias AC, Faia MM. A febre recorrente hispano-africana. Notas de epidemiologia e de laboratório. Anais Inst Med Trop 1953; 10 (3, fasc. 1): 641-3.

Brumpt L, Brumpt V. Travaux Pratiques de Parasitologie. Paris: Masson, 1967.

Nicolau de Bettencourt. Balanço necessário. Medicina Contemporânea 1932; 50 (18): 154-160.

Ferreira FAG. Moderna Saúde Pública. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1967.

Cambournac FJC. O Instituto de Malariologia e as suas Realizações. In: 50 Anos da Fundação do Instituto de Malariologia e sua Projecção no Futuro. Águas de Moura: Centro de Estudos de Zoonoses, INSA, 1990.

Wilcocks C, Manson-Bahr PEC. Manson’s Tropical Diseases, 7th edition. London: Baillière & Tindall, 1974.

Pilly E. Maladies Infectieuses, 6e édition. Lille: Crouan & Roques, 1979.

Bratton RL, Corey RC. 2005. Tick-Borne Disease. American family Physician 2005; 71 (12): 2323-2330.

Roscoe C, Epperly T. Tick-borne relapsing fever. American family Physician 2005; 72 (10): 2039-2044.

Felsenfeld O. Borreliosis. In: CRC Handbook Series Zoonosis, vol. 1. Fl., USA: CRC Press, Boca Raton,1988: 79-96.

Felsenfeld O. Borrelia: strains, vectors and human borreliosis. St.Louis, Mo, USA: Green, W. H. Inc., 1971.

Peter J. Borrelia hermsii. Specialty laboratories. 2006: http://www.specialitylabs.com/books

Bryceson ADM. Clinical pathology of the Jarisch-Herxheimer reaction. J Infect Dis 1976; 133: 696-704.

Teklu B. Meptazinol diminishes the Jarish-Herxheimer reaction of relapsing fever. Lancet 1983; I (8329): 835-839.

Wyplosz B, Mihaila-Amrouche L, Baixench M-T, Bigel M-L, Berardi-Grassias L, Fontaine C et al. Imported tickborne relapsing fever, France. Emerging Infectious Diseases 2005; 11 (11): 1801-1803.

Anda P, Sánchez-Yebra W, Vitutia MM, Pastrana EP, Rodríguez I, Miller NS et al. A new Borrelia species isolated from patients with relapsing fever in Spain. Lancet 1996; 348: 162-165.

Ras NM, Lascola B, Postic D, Cutler SJ, Rodhain F, Baranton G et al. Phylogenesis of relapsing fever Borrelia spp. Int J Syst Bacteriol 1996; 46

(4): 859-865.

Richter D, Schlee DB, Matuschka. Relapsing fever-like spirochetes infecting European vector tick of Lyme disease agent. Emerg Infect Dis 2003; 9 (6): 697-701.

Bunikis J, Tsao J, Garpmo U, Berglund J, Fish D, Barbour AG. Typing of Borrelia relapsing fever group strains. Emerg Infect Dis 2004; 10 (9):

-1663.

Guy E. Epidemiological surveillance for detecting typical Lyme disease. Lancet 1996; 348: 141-142.

Ficheiros Adicionais

Publicado

28-09-2007

Como Citar

1.
David de Morais JA, Lopes de Carvalho I, Núncio MS. Febre recorrente hispano-africana em Portugal: Escorço histórico e epidémico-clínico. RPMI [Internet]. 28 de Setembro de 2007 [citado 16 de Novembro de 2024];14(3):170-8. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1566

Edição

Secção

Artigos de Revisão