Biopsia hepática – evolução numa casuística recente

Autores

  • Nuno Devesa Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Joana Guimarães Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Paulo Carrola Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Rita Reis Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Patrícia Dias Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Francisco Parente Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Alberto Lourenço Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Mário Borges Alexandrino Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • José Júlio Moura Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra

Palavras-chave:

Biopsia hepática, procedimento no doente ambulatório

Resumo

Os A.A. estudaram os resultados das biopsias hepáticas efectuadas no seu Serviço, com o
objectivo de avaliar a evolução da prática relacionada com a sua realização. Identificaram
as biopsias hepáticas realizadas nos Serviços de Medicina II, desde 1989 a 2001, na base de
dados do Hospital, através da pesquisa no procedimento 50.11 (CID-9). Obtiveram assim um
total de 610 biopsias no período considerado.
Avaliaram com mais pormenor duas populações, uma constituída pelos episódios de 1991/ 1992 (n=66) – grupo A, confrontando-a com a de 2000/2001 (n=106) - grupo B. Após o levantamento dos processos clínicos, consideraram
para estudo 48 doentes no grupo A (72,7 %) e
85 no grupo B (80,2 %), sendo os restantes excluídos por insuficiência de dados. Nestes grupos foram avaliados vários parâmetros clínicos e laboratoriais, sendo efectuadas comparações entre os grupos.
Dos resultados, os A.A. destacam e comentam
o aumento significativo de biopsias programadas em relação às executadas em doentes já
internados, no grupo mais recente, e um maior número total e percentual de casos em que se
optou pela alta no dia da execução do exame.
O advento da radiologia de intervenção também se fez sentir neste trabalho, pela realização de
biopsias guiadas por tomografia axial computorizada (TAC) em 12 % dos casos no segundo grupo, técnica inexistente no primeiro. Nas indicações, houve diminuição do peso da avaliação para diagnóstico/estadiamento de doença
hepática alcoólica, enquanto se verificou aumento das biopsias para avaliação de alterações isoladas dos enzimas hepáticos, de massas hepáticas e no contexto do pré e pós-transplante hepático. Como diagnósticos estabelecidos com a ajuda desta técnica, destacamos a prevalência da esteato-hepatite não alcoólica no grupo mais recente.

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Referências

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Ficheiros Adicionais

Publicado

30-09-2003

Como Citar

1.
Devesa N, Guimarães J, Carrola P, Reis R, Dias P, Parente F, Lourenço A, Alexandrino MB, Moura JJ. Biopsia hepática – evolução numa casuística recente. RPMI [Internet]. 30 de Setembro de 2003 [citado 28 de Março de 2024];10(3):137-42. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1813

Edição

Secção

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