Endocardite Infecciosa: Um ano de mudança

Autores

  • Ana Jerónimo Interna do Internato Complementar de Medicina Interna, Departamento de Medicina Interna do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos
  • Madalena Almeida Interna do Internato Complementar de Oncologia, Departamento de Medicina Interna do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos
  • Anabela Silva Interna do Internato Complementar de Medicina Interna, Departamento de Medicina Interna do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos
  • Ana Costa Assistente Hospitalar de Medicina Interna, Departamento de Medicina Interna do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos
  • Alexandre Vasconcelos Assistente Hospitalar de Medicina Interna, Departamento de Medicina Interna do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos
  • Cristina Rodrigues Assistente Hospitalar de Medicina Interna, Departamento de Medicina Interna do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos
  • Olímpia Pinto Assistente Hospitalar Graduada de Medicina Interna, Departamento de Medicina Interna do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos
  • Rosário Capucho Chefe de Serviço, Departamento de Medicina Interna do Hospital Pedro Hispano, Matosinhos

Palavras-chave:

endodocardite infeciosa, padrões de mudança, epidemiologia

Resumo

Os autores analisaram retrospectivamente 15 casos de endocardite infecciosa diagnosticados no ano de 2004, o que
representou um aumento significativo de casos em relação aos
quatro anos anteriores, com os quais foram comparados. O
objectivo foi procurar características epidemiológicas e clínicas
que pudessem justificar este aumento. Verifi caram que em
2004 a média de idades aumentou em cerca de uma década e
os factores predisponentes inverteram-se. A patologia valvular
assumiu preponderância e registou-se um decréscimo de mais
de 50% na toxicodependência e infecção VIH nos doentes com
endocardite. A apresentação clínica subaguda quase duplicou,
sendo a febre a única manifestação que se manteve invariável
ao longo dos anos. Foram isolados nas hemoculturas agentes
diferentes do que era habitual, verificando-se uma redução
importante no SAMS. Houve um aumento de complicações embólicas cerebrais e complicações valvulares com necessidade de
cirurgia urgente, mas a mortalidade foi significativamente menor.
Conclusão: em 2004 registou-se um aumento significativo de
endocardites infecciosas acompanhado de uma mudança nos
seus padrões epidemiológicos, clínicos e microbiológicos. Não foi
identificado um factor causal que justifique todas as alterações encontradas.

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Ficheiros Adicionais

Publicado

31-03-2006

Como Citar

1.
Jerónimo A, Almeida M, Silva A, Costa A, Vasconcelos A, Rodrigues C, Pinto O, Capucho R. Endocardite Infecciosa: Um ano de mudança. RPMI [Internet]. 31 de Março de 2006 [citado 18 de Dezembro de 2024];13(1):45-51. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1622

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