Infecção VIH e Osteomalacia: quando nem tudo é VIH

Autores

  • Patrícia Rodrigues Serviço de Medicina II, Hospital de Egas Moniz, Lisboa
  • José Pimenta da Graça Serviço de Medicina II, Hospital de Egas Moniz, Lisboa
  • Ana Sofia Corredoura Serviço de Medicina II, Hospital de Egas Moniz, Lisboa
  • João Pacheco Pereira Serviço de Medicina II, Hospital de Egas Moniz, Lisboa
  • Gabriela Rodrigues Serviço de Medicina II, Hospital de Egas Moniz, Lisboa
  • Odette Almeida Serviço de Medicina II, Hospital de Egas Moniz, Lisboa

Palavras-chave:

Vitamina D, osteomalacia, infecção VIH

Resumo

A osteomalacia por deficiência de Vitamina D, uma doença
osteometabólica actualmente pouco frequente no nosso meio geográfico, tem múltiplas etiologias e assume importância particular em doentes que reunam vários factores de risco. É dificilmente
reconhecida e, por essa razão, é necessário ter um alto índice
de suspeição para se chegar ao diagnóstico.
Descreve-se o caso clínico de um homem de 33 anos de idade,
infectado com VIH 1 em fase de SIDA, com encefalopatia multifocal progressiva (LEMP) há 6 anos e parcialmente dependente
nas actividades da vida diária, que foi internado para avaliação
etiológica de dores osteoarticulares e diminuição da força muscular com agravamento progressivo ao longo de um ano, associadas a imagens anormais em cintigrafia óssea.
A existência de múltiplos factores de risco para deficiência
de vitamina D, a presença de hipofosfatemia e os aspectos
imagiológicos, levantaram a suspeita de osteomalacia por deficiência de vitamina D, que foi confirmada com níveis baixos
de metabolitos de vitamina D, resultados da biopsia óssea e resposta terapêutica.
Faz-se uma breve revisão dos factores que influenciam o
metabolismo ósseo da vitamina D e realça-se a sua importância
para a manutenção de uma adequada resposta imunológica.
Salienta-se o facto de a ausência de suspeita clínica poder ser
responsável por muitos casos não diagnosticados.
Em doentes infectados com VIH que se apresentem com
quadro clínico obscuro, deve-se também considerar as entidades
patológicas não directamente relacionadas com imunodeficiência
e que têm tratamento diferenciado e um melhor prognóstico.

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Referências

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Ficheiros Adicionais

Publicado

30-06-2008

Como Citar

1.
Rodrigues P, Pimenta da Graça J, Corredoura AS, Pacheco Pereira J, Rodrigues G, Almeida O. Infecção VIH e Osteomalacia: quando nem tudo é VIH. RPMI [Internet]. 30 de Junho de 2008 [citado 18 de Dezembro de 2024];15(2):99-103. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1456

Edição

Secção

Casos Clínicos

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