Segurança da Ecocardiografia Transesofágica em Doentes com Acidente Vascular Cerebral Agudo

Autores

  • Ana Rita Santos Serviço de Cardiologia, Hospital do Espírito Santo EPE., Évora, Portugal
  • Vera Pereira Unidade de Cuidados Intensivos, Hospital Garcia de Orta EPE, Almada, Portugal
  • Tiago Tribolet de Abreu Serviço de Medicina I, Hospital do Espírito Santo EPE, Évora, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.24950/rspmi.958

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Avaliação de Risco, Ecocardiografia Transesofágica, Gestão de Segurança

Resumo

Introdução: A ecocardiografia transesofágica (ETE) é um método
de utilização crescente, considerado semi-invasivo e seguro. Recomendações para a abordagem de doentes com acidente vascular cerebral (AVC) agudo consideram o ETE como um exame essencial em alguns doentes. O objectivo deste estudo foi avaliar
a segurança do ETE em doentes com AVC agudo, de acordo com a casuística de um único centro.
Material e Métodos: Incluímos 171 adultos (idade média 62,8 anos) submetidos a ETE em contexto de AVC agudo. Avaliámos
as complicações do ETE: impossibilidade de realização do exame, complicações pulmonares, cardíacas ou hemorrágicas, trauma/perfuração e outras (odinofagia, lesão dentária e morte).
Resultados: Dos 171 doentes, 2,9% tiveram complicações minor: 2 casos de recusa do doente, 2 casos de impossibilidade
de introdução da sonda e 1 caso de odinofagia. Ocorreu uma complicação major (0,6%): uma perfuração esofágica.
Discussão e Conclusão: Neste estudo, o ETE teve uma complicação major (0,6%), uma perfuração esofágica, sem ocorrência
de óbitos. O ETE é um procedimento seguro, mesmo em doentes
com AVC agudo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Flachskampf FA, Badano L, Daniel WG, Feneck RO, Fox KF, Fraser AG, et al. Recommendations for performing transesophageal echocardiography: update 2010. Eur J Echocardiography. 2010; 11: 557-76.

Harloff A, Handke M, Reinhard M, Geibel A, Hetzel A. Therapeutic strategies after examination by transesophageal echocardiography in 503 patients with ischemic stroke. Stroke. 2006; 37: 859-64.

Abreu TT, Mateus S, Carreteiro C, Correia J. Therapeutic implications of transesophageal echocardiography after transthoracic echocardiography on acute stroke patients. Vasc Health Risk Manag. 2008;4:167-72.

Warner MF, Momah KI. Routine transesophageal echocardiography for cerebral ischemia. Is it really necessary? Arch Intern Med. 1996;156:1719-23.

Daniel WG, Erbel R, Kasper W, Visser CA, Engberding R, Sutherland GR, et al. Safety of transesophageal echocardiography. A multicenter survey of 10,419 examinations. Circulation. 1991; 83: 817-21.

Pepi M, Evangelista A, Nihoyannopoulos P, Flachskampf FA, Athanassopoulos G, Colonna P, et al. Recommendations for echocardiography

use in the diagnosis and management of cardiac sources of embolism. Eur J Echocardiography. 2010; 11: 461-76.

Kallmeyer IJ, Collard CD, Fox JA, Body SC, Shernan SK. The safety of intraoperative transesophageal echocardiography: a case series of 7200

cardiac surgical patients. Anesth Analg. 2001; 92: 1126-30.

Khandheria BK. The transesophageal echocardiographic examination: is it safe? Echocardiography.1994; 11:55-63.

Jougon JB, Gallon P, MacBride T, Dubrez J, Velly JF. Esophageal perforation after transesophageal echocardiography. Eur J Cardiothorac Surg. 1999;16:686-7. 1999; 16:686-87.

Elsayed H, Page R, Agarwal S, Chalmers J. Oesophageal perforation complicating intraoperative transoesophageal echocardiography: suspicion can save lives. Interact Cardiovasc Thorac Surg. 2010;11:380-2.

Min J, Spencer K, Furlong K, DeCara J, Sugeng L, Ward R, et al. Clinical features of complications from transesophageal echocardiography:a

single-center case series of 10000 consecutive examinations. J Am Soc

Echocardiogr. 2005;18:925-9

Ficheiros Adicionais

Publicado

31-12-2015

Como Citar

1.
Santos AR, Pereira V, Tribolet de Abreu T. Segurança da Ecocardiografia Transesofágica em Doentes com Acidente Vascular Cerebral Agudo. RPMI [Internet]. 31 de Dezembro de 2015 [citado 20 de Abril de 2024];22(4):196-8. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/958

Edição

Secção

Artigos Originais

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>