Coreia de Sydenham, um Diagnóstico Raro Atualmente

Autores

  • Marta Duarte Serviço de Medicina Interna - Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Portimão, Portimão, Portugal
  • Teresa Ferreira Serviço de Medicina Interna - Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Portimão, Portimão, Portugal
  • Carlos Sanchez Serviço de Medicina Interna - Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Portimão, Portimão, Portugal
  • Domitília Faria Serviço de Medicina Interna - Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Portimão, Portimão, Portugal
  • Carlos Santos Serviço de Medicina Interna - Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Portimão, Portimão, Portugal
  • Luísa Arez Serviço de Medicina Interna - Centro Hospitalar do Algarve - Unidade de Portimão, Portimão, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.24950/rspmi.820

Palavras-chave:

Coreia/diagnóstico, Febre Reumática, Infecções Estreptocócicas

Resumo

A coreia de Sydenham é a causa mais comum de coreia na
infância. A principal etiologia é pós-infeção estreptocócica
mas, sendo um fenómeno imunomediado, devem ser excluídos
outros diagnósticos. É uma das manifestações de febre
reumática, sendo obrigatória a investigação e profilaxia
dessa patologia. Os autores apresentam um caso clínico de
um jovem do sexo masculino, de 15 anos, com quadro de
coreia, caraterizado por movimentos estereotipados com
contração da musculatura do torso e membros superiores,
após infeção faríngea estreptocócica semanas antes (confirmada
pela elevação do título de anti-estreptolisina). Da restante
investigação etiológica, não se registaram alterações
analíticas, neuroimagiológicas ou electroencefalográficas
de relevo. Ecocardiograma transtorácico normal. Iniciou antibioterapia
em internamento dirigida à infeção estreptocócica
e posteriormente, em ambulatório, profilaxia secundária
mensal da febre reumática. Faz-se uma revisão teórica sobre
esta coreia de Sydenham, atualmente muito pouco comum
em países desenvolvidos dada a disponibilidade da
antibioterapia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Sanger TD, Chen D, Fehlings DL, Hallett M, Lang AE, Mink JW, et al. Definition and classification of hyperkinetic movements in childhood. Mov Disord. 2010;25:1538–49.

Zomorrodi A, Wald ER. Sydenham´s chorea in western Pennsylvania. Pediatrics. 2006;117:e675.

Walker KG, Wilmshurst JM. An update on the treatment of Sydenham’s chorea: the evidence for established and evolving interventions. Ther Adv Neurol Disord. 2010;3:301-9.

Cunnungham MW. Rheumatic fever, autoimmunity, and molecular mimicry: the streptococcal connection. Int Rev Immunol. 2014;33:314-29.

Woo CFL, Liu KT, Young BWY. Acute rheumatic fever presenting with Sydenham’s chorea. HK J Paediatr. 2003;8:198-202.

Moreira J, Kummer A, Harsányi E, Cardoso F, Teixeira AL. Psychiatric disorders in persistent and remitted Sydenham’s chorea. Parkinsonism

Relat Disord. 2014;20:233-6.

Ayoub EM, Wannamaker LW. Streptococcal antibody titers in Sydenhams chorea. Pediatrics. 1966;38:946.

Ekici A, Yakut A, Yimenicioglus S, Carman KB, Saylısoy S. Clinical and neuroimaging findings of Sydenham’s chorea. Iran J Pediatr.

;24:300-6.

Ferrieri P. Jones Criteria Working Group. Proceedings of the Jones Criteria workshop. Circulation. 2002;106: 2521–3.

Hahn RG, Knox LM, Forman TA. Evaluation of poststreptococcal illness. Am Fam Physician. 2005;71:1949-54.

Gerber MA, Baltimore RS, Eaton CB, Gewitz M, Rowley AH, Shulman, ST, et al. Prevention of rheumatic fever and diagnosis and treatment of

acute streptococcal pharyngitis a scientific statement from the American Heart Association Rheumatic Fever, Endocarditis, and Kawasaki Disease Committee of the Council on Cardiovascular Disease in the Young, the Interdisciplinary Council on Functional Genomics and Translational Biology, and the Interdisciplinary Council on Quality of Care and Outcomes Research Endorsed by the American Academy of Pediatrics. Circulation. 2009;119:1541

Ficheiros Adicionais

Publicado

30-09-2016

Como Citar

1.
Duarte M, Ferreira T, Sanchez C, Faria D, Santos C, Arez L. Coreia de Sydenham, um Diagnóstico Raro Atualmente. RPMI [Internet]. 30 de Setembro de 2016 [citado 23 de Novembro de 2024];23(3):41-3. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/820

Edição

Secção

Casos Clínicos

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)