Doença de Hansen – uma doença em erradicação?

Autores

  • Elsa Rocha Serviço de Medicina Interna do Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro
  • Gorete Jesus Serviço de Medicina Interna do Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro
  • Clarinda Neves Serviço de Medicina Interna do Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro
  • Dulcínea Sá Serviço de Medicina Interna do Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro
  • Eliana Araújo Serviço de Medicina Interna do Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro
  • Beatriz Pinheiro Serviço de Medicina Interna do Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro
  • Teresa Borralho Serviço de Medicina Interna do Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro
  • Pires Geraldo Serviço de Medicina Interna do Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro
  • Bárbara Fernandes Serviço de Medicina Interna do Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro
  • Honório Campos Serviço de Medicina Interna do Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro
  • Jorge Crespo Serviço de Medicina Interna do Hospital Infante D. Pedro, EPE – Aveiro

Palavras-chave:

Lepra, Micobacteriose, Mycobacterium leprae

Resumo

A doença de Hansen é uma doença granulomatosa crónica,
conhecida desde a Antiguidade, provocada pelo Mycobacterium
leprae, cuja prevalência varia significativamente de país para
país, permanecendo um importante problema de saúde pública
nos países em vias de desenvolvimento. Apesar dos esforços da
OMS no sentido da erradicação da doença, esta mantém uma
prevalência superior a 1/10.000 num conjunto de quinze países
liderados pela Índia e pelo Brasil.
O seu espectro clínico inclui lesões cutâneas e neuropatia
sensitiva e/ou motora periférica expressando várias formas de
apresentação e de compromisso, podendo ter uma evolução muito
mutilante se não for adequadamente tratada.
Os dois casos clínicos apresentados referem-se a duas
doentes com lepra, cujo diagnóstico foi efectuado no mesmo
ano e no mesmo distrito. Uma com uma forma lepromatosa e
outra com uma forma borderline, a primeira sem contactos de
risco identificados e a segunda com história epidemiológica de
residência no Brasil. Descrevem-se as particularidades de cada
uma destas formas clínicas bem como a dificuldade na realização
do diagnóstico que atrasou o início do tratamento.
Os autores fazem uma revisão sistematizada da doença referindo-se à prevalência desta em Portugal nos últimos sete anos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Robert R Jacobson, MD, PhD James L Krahenbuhl, PhD Leo Yoder, MD. Overview of Leprosy. UpToDate® Online 15.2. www.uptodate.com.

Saurat J-H, Grosshans E, Laugier P, Lachapelle J-M (eds.). Dermatologie et infections sexuellement transmissibles, 4ª ed, Masson, Paris 2004 :169-178.

Bolognia JL, Jorizzo JL, Rapini RP (eds.). Dermatology, 1ª ed, Mosby 2003: 1145-1152.

Warwick J Britton, Diana NJ Lockwood. Leprosy. The Lancet 2004; 363: 1209-1219.

Visschedijk J, van de Broek J, Eggens H, Lever P, van Beers S, Klatser P. Mycobacterium leprae-millenium resistant! Leprosy controlo in the threshold of a new era. Trop Med Int Health 2000; 5: 388-399.

Freedberg IM, Eisen AZ, Wolff K, Austen KF, Goldsmith LA, Katz SI (eds.) Fitzpatrick`s Dermatology in General Medicine, 6th ed, Mc Graw Hill

:1962-1971.

World Health Organization (1991) World Health Assembly – Resolution WHA 44.9. WHO, Geneva.

World Health Organization (1998b) Progress towards leprosy elimination. Weekly Epidemiological record 73: 153-160.

Doenças de Declaração Obrigatória 1996-2000 – Regiões e Sub-Regiões de Saúde no Continente e Regiões Autónomas. Direcção de Serviços de Informação e Análise. Divisão de Epidemiologia. Direcção-Geral de Saúde. Lisboa 2001.

Marcelo Grossi Araújo. Hanseníase no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2003; 36: 373-382.

Courtright P, Daniel E, Sundarrao PSS, et al. Eye disease in multibacillary leprosy patients at the time of their leprosy diagnosis: findings from the longitudinal Study of Ocular Leprosy (LOSOL) in India, the Philippines and Ethiopia. Lepr Rev 2002; 73: 225-238.

Como reconhecer e tratar reacções hansénicas. Guia didáctico de Lepra 2.The International Federation of Anti-Leprosy Associations Action Group. ILEP 2002. London.

Rose P, Waters MF. Reversal reactions in leprosy and their management. Lepr Rev 1991; 62:113-121.

Guerra JG, Penna GO, de Castro LC, Martelli CM, Stefani MM. Erythema nodosum leprosum: clinical and therapeutic up-date. An Bras Dermatol 2002; 77: 389-407.

Moschella SL. An update on the diagnosis and treatment of leprosy. JAAD 2004; 51: 417-426.

WHO Study group on chemotherapy of leprosy for control programmes. Chemotherapy of leprosy for control programmes: report of a WHO study group. Geneva: World Health Organization; 1982.

Bhattacharya SN, Sehgal VN. Reappraisal of the drifting scenario of leprosy multi-drug therapy: new approach proposed for the new millennium. Int J Dermatol 2002; 41: 321-326.

Karonga Prevention Trial Group. Trial of BCG vaccine for protection against tuberculosis and leprosy in Karonga District, Malawi. Lancet 1996; 348: 17-24.

Esteves JA, Poiares Baptista A, Guerra Rodrigo F, Marques Gomes MA (eds.). Dermatologia, 2ª ed, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 1992: 1211-1231

Ficheiros Adicionais

Publicado

30-06-2008

Como Citar

1.
Rocha E, Jesus G, Neves C, Sá D, Araújo E, Pinheiro B, Borralho T, Geraldo P, Fernandes B, Campos H, Crespo J. Doença de Hansen – uma doença em erradicação?. RPMI [Internet]. 30 de Junho de 2008 [citado 28 de Março de 2024];15(2):108-17. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1459

Edição

Secção

Casos Clínicos

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>