Dermatomiosite – desafios no tratamento?
Palavras-chave:
dermatomiosite, prednisolona, azatioprina, metotrexato, ciclofosfamida, imunoglobulinaResumo
As principais miopatias inflamatórias – dermatomiosite, polimiosite e miosite de corpos de inclusão – são raras, podendo ser difícil
diferenciá-las de muitas outras condições que as mimetizam.
Têm elevada morbilidade e, não raramente, são o primeiro sinal
de uma neoplasia subjacente, podendo fazer parte do espectro de uma outra doença do tecido conjuntivo.
O tratamento das miopatias inflamatórias idiopáticas permanece um verdadeiro desafio devido, em parte, à heterogeneidade
clínica e escassez de ensaios clínicos, bem como a escalas
subóptimas para a quantificação de actividade versus sequelas
da doença e sua diferenciação. Apesar das limitações e, após a
confirmação do diagnóstico, determinação do subgrupo clínico e
serológico do doente, avaliação das manifestações extramusculares e definição da contribuição relativa da actividade da doença
versus lesões já estabelecidas e irreversíveis para a condição do
doente, deve ser estabelecido um plano terapêutico orientado.
Ainda que os corticosteróides constituam a base inicial do plano
terapêutico, regimes combinando vários imunossupressores e
outros agentes imunológicos constituem novas estratégias que
se somam ao arsenal terapêutico. Medidas de reabilitação e de
fisioterapia são elementos críticos a incluir em cada estadio do tratamento.
Os autores apresentam dois casos de dermatomiosite, ilustrando a complexidade das apresentações e história natural desta
doença e os benefícios de uma terapêutica intensiva.
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