Amiloidose {32 microglobulina numa população de insuficientes renais crónicos em hemodiálise regular

Autores

  • Maria José Grade Interno do Internato Complementar de Medicina Interna, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Maria José Nabais Assistente Hospitalar de Medicina Interna, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Fátima Ramos Interno do Internato Complementar de Nefrologia, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Luís Negrão Assistente Hospitalar de Neurofisiologia, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • António Cabrita Professor Auxiliar de Anatomia Patológica, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Emília Ralha Assistente Hospitalar de Nefrologia, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Pires Cabral Assistente Hospitalar de Nefrologia, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Pereira de Moura Assistente Hospitalar de Medicina Interna, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Borges Alexandrino Assistente Graduado de Medicina Interna, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra
  • Políbio Serra e silva Director de Serviço, Serviço de Medicina II dos Hospitais da Universidade de Coimbra

Palavras-chave:

hemodiálise, amiloidose {32 microglobulina

Resumo

A amiloidose por {32 microglobulina ({32M) é uma complicação da terapêutica substitutiva renal particularmente da hemodiálise de longa evolução. A{32M, a molécula precursora das fibrilhas amilóides, acu­mula-se na insuficiência renal devido à excreção diminuída; a intensidade da referida acumulação pa­rece depender essencialmente do tempo de diálise e do tipo de filtros utilizados.

Os autores consideraram onze doentes sujeitos a hemodiálise regular, nos quais se pesquisou a exis­tência de amiloidose por {t1M. Para o efeito, para além da identificação dos sinais clínicos desta enti­dade, nomeadamente os sinais osteoarticulares en­tre os quais o mais característicoé o síndrome do túnel cárpico (STC), realizaram sistematicamente a biópsia da gordura subcutânea abdominal a elec­tromiografia, a ecocardiografia,o RX do esqueleto e o cintigrama osteoarticular. São apresentados os re­sultados, comparando os doentes com três ou menos anos de hemodiálise com os que realizam o referido tratamento há mais de seis anos.

Dos resultados destacam· 1) a presença de STC em 4 doentes (36,4%); 2) a espondilartropatia cervical foi demonstrada em 66;7% dos doentes em hemodiáli­se de longa duração;3) existência de amiloidose car­ díaca em 20% dos doentes; 4) presença de amilóide {32M em 3 doentes (27,3%) na derme profunda.

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Ficheiros Adicionais

Publicado

30-09-1997

Como Citar

1.
Grade MJ, Nabais MJ, Ramos F, Negrão L, Cabrita A, Ralha E, Cabral P, de Moura P, Alexandrino B, Serra e silva P. Amiloidose {32 microglobulina numa população de insuficientes renais crónicos em hemodiálise regular. RPMI [Internet]. 30 de Setembro de 1997 [citado 30 de Abril de 2024];4(3):163-7. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/2226

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