Abordagem diagnóstica do doente com neoplasia oculta

Autores

  • Ana Paiva Nunes Interna do Internato de Medicina Interna, Serviço de Medicina 2 e de Anatomia Patológica do Hospital Pulido Valente
  • Teresa Fonseca Assistente Hospitalar de Medicina Interna, Serviço de Medicina 2 e de Anatomia Patológica do Hospital Pulido Valente
  • Isabel Lourenço Assistente Hospitalar de Medicina Interna, Serviço de Medicina 2 e de Anatomia Patológica do Hospital Pulido Valente
  • J. Gorjão Clara Director do Serviço de Medicina II, Serviço de Medicina 2 e de Anatomia Patológica do Hospital Pulido Valente

Palavras-chave:

Neoplasia oculta, metastização óssea, Cyfra 21, trio tumoral pancreático

Resumo

A neoplasia oculta é um problema diagnóstico cada vez mais
frequente em qualquer enfermaria de Medicina Interna. A sua
correcta abordagem é, não raramente, motivo de controvérsia
não apenas entre internistas, mas envolvendo as mais variadas
especialidades, mesmo tendo em conta os mais recentes meios
auxiliares de diagnóstico. Trata-se, portanto, de um quadro não só
de difícil abordagem médica, mas sobretudo de grande sofrimento
para o doente, desejando-se, por isso, que o seu diagnóstico seja
célere de forma a que a abordagem seja efi caz.
Descreve-se o caso de um doente de 63 anos, ex-fumador,
internado com um quadro de metastização óssea difusa, submetido a uma extensa avaliação quer clínica, quer em termos
de exames complementares, que foi inconclusiva. O diagnóstico
de neoplasia do pulmão foi fi nalmente obtido com o apoio do
laboratório de anatomia patológica.
A propósito deste caso discute-se a dificuldade na abordagem
diagnóstica dos casos de neoplasia oculta, relacionada não só
com as particularidades inerentes a cada doente, mas também
com a multiplicidade de formas de apresentação e dificuldades de
interpretação dos exames auxiliares de diagnóstico. Faz-se uma
revisão teórica sobre a melhor forma de abordagem do doente
com neoplasia oculta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Stone R. Metastatic Cancer of unknown primary site in Harrisson’s Principles of Internal Medicine, 15th edition. 2001:628-632.

Mysorekar VV, Dandekar CP, Rao SG. Metastatic bone tumors. J Indian Med Assoc 1998; 96 (3): 74-6.

Desai S, Jambhekar N. Clinicopathological evaluation of metastatic carcinomas of bone: a retrospective analysis of 114 cases over 10 years. Indian J Pathol Microbiol 1995; 38 (1): 49-54.

Lippman ME, Breast Cancer in Harrisson’s Principles of Internal Medicine, 15th edition. 2001:571-578.

Pavicevic R, Milicic J, Bubanovic G, Supe S. Serum tumor marker Cyfra 21-1 in the diagnosis of NSCLC lung cancer. Coll Antropol 1998; 22 (2):

-635.

Kinoshita M, Watanable H, Ichiki M, Sumita S, Okubo Y, Matsunami M, Furuno H, Shiraishi T, Rikimaru T, Oizumik K. Cyfra 21-1 as a marker of lung cancer. Kurume Med J 1998; 45 (1): 7-9.

Hatzakis KD, Froudapakis ME, Bouros D, Tzanakis N, Karkavitsas N, Siafakas NM. Prognostic value of serum tumor markers in patients with lung cancer. Respiration 2002; 69 (1): 25-29.

Seemann MD, Beinert T, Furst H, Fink U. An evaluation of the tumor markers CEA, Cyfra 21-1 and NSE in the differentiation of malignant from benign solitary pulmonary lesions. Lung Cancer 1999; 26 (3): 149-55.

Cappelli G, Paladini S, D’Agata A. Tumor marker in the diagnosis of pancreatic cancer. Tumori 1999; 85 (1Suppl1): S19-21.

Hamori J, Arkosy P, Lenkey A, Sapy P. The role of different tumor markers in the early diagnosis and prognosis of pancreatic carcinoma and chronic pancreatitis. Acta Chir Hung 1997; 36 (1-4): 125-127.

Rubin BP, Skarin AT, Pisick E, Rizk M, Salgia R. Use of cytokeratins 7 and 20 in determining the origin of metastatic carcinoma of unknown primary, with special emphasis on lung cancer. Eur J Cancer Prev. 2001;10(1):77-82.

Brigden ML, Murray N. Improving survival in metastatic carcinoma of unknown origin. Postgrad Med. 1999 ;105(5):63-4, 67-74.

Katagiri H, Takahashi M, Inagaki J, Sugira H, Ito S, Iwate H. Determining the site of the primary cancer in patients with skeletal metastasis of unknown primary site: a retrospective study. Cancer 1999; 86 (3): 533-7.

Bugat R, Bataillartd A, Lesimple T, Voigt JJ, Culine S, Lortholary A, Merrouche Y, Ganem G, Kaminsky MC, Negrier S, Perol M, Laforet C, Bedossa P, Bertrand G, Coindre JM, Fizazi K; FN CLCC, CRLCC. Standards, Options and Recommendations for the management of patient with carcinoma of unknown primary site. Bull Cancer. 2002 ; 89(10):869-875.

Van der Gaast A, Verweij J, Planting A et al. Simple prognostic model to predict survival in patients with undifferentiated carcinoma of unknown primary site. Clin Oncol 1995; 13 (7): 1720-1725.

Hanisworth J. Carcinoma of unknown primary site in Cancer Management: a multidisciplinary approach. William J. Hoskins (Editor), et al. 5th edition. 2001:553-563

Ficheiros Adicionais

Publicado

30-06-2004

Como Citar

1.
Paiva Nunes A, Fonseca T, Lourenço I, Gorjão Clara J. Abordagem diagnóstica do doente com neoplasia oculta. RPMI [Internet]. 30 de Junho de 2004 [citado 20 de Abril de 2024];12(2):82-8. Disponível em: https://revista.spmi.pt/index.php/rpmi/article/view/1683

Edição

Secção

Casos Clínicos

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)